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Trabalho de supervisão do Reviva Centro custará R$ 2,7 milhões

Redação

[Via Correio do Estado]

Nova contratação para compor a Unidade Gestora do Programa de Desenvolvimento Integrado para o programa Viva Campo Grande II, mais conhecido como Reviva Centro, no valor de R$ 480 mil, foi publicada na edição extra do Diário Oficial de ontem. Seis profissionais contratados somam investimento de R$ 2,7 milhões para supervisão das obras que devem começar no ano que vem.

O novo profissional contratado é Cristiano de Almeida Oliveira, que vai supervisionar serviços na área de Arquitetura e Urbanismo. Na última quinta-feira, foi feita publicação dos outros cinco profissinais, nas áreas de consultoria em engenharia, socioambiental, em economia e finanças, engenharia elétrica e assessoria técnica. Os cinco somavam investimentos de R$ 2.220.000,00.

A coordenadora de projetos especiais da prefeitura de Campo Grande, Catiana Sabadin, afirma que antes que os certames sejam abertos, é preciso constituir a unidade. "É uma exigência do BID", sustentou. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) financia US$ 56 milhões à Capital para diversas obras, entre elas, a revitalização da rua 14 de Julho.

Catiana enfatiza que todas as obras previstas pelo programa têm cinco anos para serem realizadas e lembra que a primeira delas será a da 14 de Julho, onde devem ser investidos R$ 70 milhões para o embutimento dos fios de energia elétrica e de outros serviços, implantação e revitalização nas redes de drenagem, água e esgotamento sanitário, também na rede de gás natural, além de pavimentação nas pistas de rolamento, ampliação, padronização e calçamento das calçadas, acessibilidade, sinalização viária, iluminação pública, mobiliário urbano e paisagismo.

Já as vias adjacentes, como Rui Barbosa, Calógeras e outras, em um segundo momento, vão receber padronização das calçadas, acessibilidade, mobiliário urbano, sinalização viária, paisagismo, melhorias na iluminação pública e recapeamento asfáltico nas pistas de rolamento, com extensão de aproximadamente 15,7 Km.

Ainda fazem parte das obras que devem ser licitadas mais rapidamente, a requalificação de vias que são corredores de ônibus em várias regiões de Campo Grande e reforma no Terminal Morenão.

MORADIAS
Investimento também previsto no Viva Campo Grande II é a construção de 300 apartamentos em área atrás da Feira Central, entre a avenida Ernesto Geisel e a rua dos Ferroviários. Isso depende de desapropriação que está em andamento. O valor a ser pago para três moradores da região e ainda para a Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul (Sanesul), que manteve estação de tratamento no local, não foi informado.

Segundo Catiana, as moradias não serão "populares", mas ainda assim atenderão pelo Minha Casa Minha Minha Vida, mas nas faixas de renda familiar que varia de 1,5 a três salários mínimos. "O custo desses apartamentos para venda é entre R$ 120 mil e R$ 180 mil", contou. O subsídio para quem for morar no local serão tanto do MCMV quanto do próprio município.

Para a coordenadora, a construção dos apartamentos segue a lógica de povoar a região, além de reverter a lógica das cidades,  onde geralmente novos residencias são construídos em lugares distantes, obrigando o Poder Públicos a fornecer infraestrutura - transporte, energia elétrica, abastecimento de água - não existente neses novos espaços.

A ação seria uma forma de, até mesmo, renovar os "ares" da Orla Ferroviária (antigos trilhos), que nasce na Morada dos Baís, na avenida Afonso Pena e segue até Mato Grosso. O local já foi revitalizado, mas sofre com a falta de ocupação e presença frequente de usuários de drogas. "O projeto é fazer uma ligação entre o Horto Florestal, o Mercadão e a Orla Ferroviária", disse Catiana. Tal projeto está incluído entre os investimentos que serão realizados com recursos do BID.

REVIVA CENTRO
O Plano para Revitalização do Centro foi instituído em 20 de julho de 2010 pela Lei Complementar 161. No ano seguinte, a prefeitura baixou decreto sobre os anúncios nas fachadas das lojas, exigindo reformas.

O processo de financiamento teve início em 2013, mas estava travado por questões técnicas, entre elas a autorização do Senado Federal para contrair o débito (todo empréstimo no exterior para entes públicos precisa da aprovação do Congresso Nacional).

No ano passado, o projeto foi aprovado. Havia ainda restrição do Ministério da Fazenda para novos empréstimos com instituições financeiras internacionais, por causa do calote do governo do Rio de Janeiro ao BID, no ano passado.

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