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Simone Tebet vai lutar para derrubar possível veto de Bolsonaro em emenda

Redação

[Via Correio do Estado]

Durante diplomação de eleitos que ocorreu na noite de ontem (14), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, a senadora Simone Tebet (MDB) adiantou que vai derrubar veto do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) se emenda que dá incentivo de 75% no imposto de renda a empresas que queiram vir para Mato Grosso do Sul for vetada. “Se vetar, vamos tentar derrubar no Congresso Nacional”, ameaçou ela.

Tebet é autora da emenda que foi aprovada no Congresso Nacional em que empresas que queiram se instalar no estado possam receber 75% de incentivo no imposto de renda, de acordo com a senadora, a proposta é criticada por Bolsonaro. “Agora vai ser mais uma luta para o presidente não vetar, porque o novo governo acha que isso gera despesa, mas isso pode atrair indústrias do porte da Fíbria e da Eldorado”, defendeu a senadora.

Outra justificativa de Tebet para que a proposta seja aprovada pelo novo presidente é de que o estado compete de maneira desigual com as regiões Norte e Nordeste do Brasil. “O imposto que mais precisa de isenção, não podemos dar, regiões do Norte, Nordeste e Mato Grosso, diga-se de passagem, tem e nós não temos”, reforçou ela.

As articulações para que a emenda seja aprovada estão acontecendo e Tebet está tentando agendar reunião na próxima terça-feira (18) ou quarta-feira (19) com o presidente Michel Temer (MDB). “E também audiências públicas com a Tereza Cristina (ministra da Agricultura do DEM) e com o futuro ministro Paulo Guedes (DEM)”, adiantou ela.

PRESIDÊNCIA DO SENADO

Primeira mulher a liderar a maior bancada do Senado, Simone Tebet está cotada para assumir a presidência do Parlamento a partir de 2019. A senadora declarou ao Correio do Estado que está sendo procurada por vários colegas de vários partidos e que a possibilidade é debatida nos bastidores. “Se Renan (Calheiros, presidente do Senado) tiver 41 votos, eu saio candidata, se eu não tiver 41 votos, nós vamos de opção C”, adiantou Tebet.

A senadora acredita que a eleição não será difícil. “Os partidos sabem que se for bater chapa é perder a proporcionalidade, ela cai, aí, o que acontece? A segunda bancada perde a vice-presidência, a terceira maior bancada perde a primeira-secretaria e assim por diante”, explicou a senadora.

Tebet lembrou também da falta de aceitação ao nome do seu maior concorrente, Renan Calheiros. “Hoje a gente sabe que tem uma reação ao nome do Renan, a gente entende isso, mas isso não exclui nenhum colega e a gente vai buscar os 41 votos, quem tiver, vai ser o presidente do Senado”, disse ela.

Por tradição, a maior bancada indica um nome e depois a indicação é apreciada em plenário. “Essa tem sido uma tradição consolidada pelas últimas presidências e mais do que nunca manter as regras para dar maior estabilidade para o país”, reforçou a senadora, anteriormente.

O maior concorrente de Tebet teria declarado, antes das eleições de 2018, que não pretendia ser novamente presidente do Senado. “Já fui quatro vezes. A presidência não pode ser um fim em si mesmo e não há escassez de bons nomes”, afirmou Calheiros.

*Colaborou Tavane Ferraresi

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