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Sete hábitos que a tecnologia mudou ou está prestes a aposentar

Tecnologia

A tecnologia facilitou muitas práticas e fez com que velhos hábitos fossem deixados de lado. Muita gente, porém, sente falta de escrever cartas, passar horas na locadora escolhendo um filme ou esperar ansiosamente o lançamento do novo CD de um artista só para correr para as lojas de disco. Reunimos, abaixo, diversos costumes que a tecnologia mudou ou está prestes a extinguir. Alguns itens da lista ainda fazem parte do cotidiano de várias pessoas, mas têm desaparecido gradualmente. Confira e mate a saudade.

1. Ir à locadora

Desde o começo desta década, não é difícil que você tenha visto aquela saudosa locadora do bairro fechar as portas. Em 2014, até mesmo a Blockbuster, uma das maiores redes do ramo no mundo, encerrou as atividades de suas últimas unidades nos Estados Unidos. Esse tipo de serviço, muito popular entre os anos 80 e o início dos anos 2000, proporcionava horas diante de prateleiras sem a menor ideia de qual opção escolher entre as diversas disponíveis. Hoje em dia, a dúvida continua, mas as prateleiras foram substituídas pelo catálogo de sites tela do computador ou celular.

Com a popularização de sites de download e do torrent para a propagação de arquivos ilegais, muita gente substituiu o hábito de alugar filmes no comércio local por maneiras gratuitas de ver filmes em casa. Nos últimos anos, serviços de streaming, como Netflix e Amazon Prime Video, e locadoras online, como o Google Play Filmes e o YouTubeFilmes, têm ajudado no combate à pirataria, além de facilitarem o acesso através de apps ou navegadores de Internet, evitando o deslocamento para uma loja.

2. Enviar cartas

As cartas eram muito populares entre as pessoas mais românticas ou que precisavam passar muito tempo longe da família. Elas não são mais tão comuns no século XXI. Desde a popularização dos e-mails, entre os anos 80 e 90, muita gente deixou o hábito de lado e preferiu substituir os relatos escritos à mão por textos digitados no computador.

Cartas vêm sendo deixadas de lado (Foto: Reprodução/Filmes do YouTube (Harry Potter e a Pedra Filosofal/Warner Bros.))

Isso pode representar uma dificuldade para historiadores e biógrafos no futuro, já que a correspondência é uma das principais fontes desse tipo de estudo. Por enquanto, porém, textos publicados em redes sociais ou mensageiros online, como o WhatsApp, vêm se consolidando como a principal ferramenta para quem quer matar as saudades ou declarar os sentimentos.

3. Comprar CDs ou salvar MP3 no celular

Há alguns anos, quem quisesse ouvir a música mais recente de seu artista favorito precisava esperar até que a faixa tocasse na rádio ou correr para a loja de CDs e comprar um. A lembrança causa nostalgia nos mais velhos, mas já faz algum tempo que isso não é mais preciso. No começo do século XXI, serviços de download e compra de músicas online tornaram comum a prática de salvar arquivos de áudio MP3 no computador, no celular e nos aparelhos MP3 players. Os mais organizados, inclusive, criavam pastas separadas por banda e gênero musical e alteravam as propriedades do arquivo para que a exibição do nome do álbum e arte de capa ficasse perfeita.

De uns tempos para cá, porém, até mesmo esse costume foi aposentado. A chegada dos streaming de áudio, como Spotify e Apple Music, tornou o consumo de música mais simples. Com assinaturas mensais que, no geral, custam menos de R$ 20, o usuário tem acesso a uma lista completa de faixas de diferentes estilos, gravadoras e artistas. A maioria das bandas ainda lança versões físicas de seus álbuns, mas esse deixou de ser o principal meio de distribuição das músicas.

4. Segurar a curiosidade

Dúvidas comuns, que surgem a qualquer momento, como o nome de uma atriz ou a capital de um país, muitas vezes, exigiam consultas mais trabalhosas, como conferir enciclopédias, mapas, guias turísticos ou livros especializados. Nos dias de hoje, para o bem ou para o mal, quase tudo está no Google.

Com a popularização do buscador criado em 1998, matar a curiosidade sobre qualquer assunto pode levar menos de um segundo. Para facilitar ainda mais, de uns tempos para cá, o site passou a exibir respostas para algumas perguntas já na página de resultados, sem que o usuário precise abrir links e ler textos longos. Há quem diga que o hábito diminui nossa capacidade de reter informações e nos deixa mais preguiçosos.

5. Enviar SMS ou fazer ligações de aniversário

Está aí um hábito que vem sendo deixado de lado desde o Orkut. Antes da Internet, quando um amigo fazia aniversário, era comum fazer uma ligação e desejar felicitações. Com as redes sociais, ficou mais fácil publicar mensagens digitadas ? longas ou curtas ? para demonstrar a lembrança pelo dia da pessoa querida. Inclusive, talvez, a palavra "lembrança" não seja nem mesmo o termo mais adequado, já que sites como Facebook e Linkedin avisam quando um contato é o aniversariante do dia.

Já o costume de enviar SMS tem se tornado menos comum ainda. No Brasil e em diversos outros países, a ferramenta foi substituída por mensageiros como WhatsApp, Telegram e WeChat. Em outros lugares, ele evoluiu para um serviço diferente: o RCS, que já está chegando por aqui.

6. Revelar fotos e criar álbuns físicos

Sabe aquele seu álbum de infância cheio de fotos constrangedoras descolando das páginas e imagens com os dedos na frente da lente? Pode ser que, no futuro, muitos adultos não façam ideia do que seja isso. A fotografia digital, bastante banalizada com a chegada de boas câmeras aos smartphones, fez com que boa parte das pessoas deixasse de lado o ato de revelar ou imprimir fotos físicas.

Revelar fotos é um hábito que muitos deixaram de lado.Por outro lado, serviços de nuvem como o Google Fotos possibilitam a criação de álbuns digitais que podem ser, inclusive, compartilhado com familiares e amigos. Apesar disso, há quem prefira manter velhos hábitos. A prova é a recente redescoberta das câmeras instantâneas, no estilo Polaroid, como as Instax Mini, e a popularização de impressoras para celulares, como a HP Sprocket e a Instax Share.

7. Anúncios de classificados

Os classificados mudaram bastante desde a popularização da Internet. Antigamente, ao buscar um emprego, alugar um apartamento ou oferecer serviços específicos, a ação mais comum era abrir o jornal e circular anúncios interessantes com uma caneta. Para cadastrar o currículo, era preciso ir até o estabelecimento ou enviar pelos Correios. Já quem quisesse anunciar uma vaga precisava pagar.

Hoje, diversos sites oferecem vagas de emprego e anúncios imobiliáros, além de serviços e vendas de usados sem cobrar nada por isso. Até mesmo redes sociais vêm facilitando cada vez mais a compra e venda de produtos e serviços em suas plataformas. Quem procura trabalho tem sites de cadastro de currículo como o Vagas.com ou o Linkedin. Os jornais ainda oferecem esse tipo de serviço, mas criaram páginas digitais para eles.

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