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Meio Ambiente

Semadur não fiscaliza e podas radicais ameaçam árvores

Redação

[Via Correio do Estado]

Campo Grande está há um ano sem equipes para fazer o trabalho de poda de árvores e, pelo mesmo período, a fiscalização também está comprometida.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) confirmou que contrato com empresa que realizava os cortes autorizados pelo órgão foi encerrado no fim de 2016. Enquanto isso, inúmeras espécies têm sido aparadas de forma irregular.

Campo Grande é considerada uma das capitais mais arborizadas do Brasil, mas as chamadas podas radicais que estão sendo feitas em massa, conforme verificou a reportagem do Correio do Estado em vários bairros, pode retirar esse t ítulo do município.

No cruzamento das avenidas Calógeras e Fernando Corrêa da Costa, no Centro, pelo menos três árvores foram totalmente podadas, restando apenas parte do tronco.

Comerciantes e vendedores ambulantes, que pediram para não ter o nome divulgado, ainformaram que o corte foi realizado pela concessionária de energia elétrica, Energisa, que não confirmou. A extensão do corte foi tanta que não é possível nem mesmo identificar a espécie das árvores.

Para o diretor-presidente da Organização Não-governamental (Ong) Ecologia e Ação (Ecoa), André Luiz Siqueira, a poda radical não é benéfica para a cidade.

Mesmo assim, ele diz ser favorável a mudança das espécias plantadas nas calçadas e canteiros - trabalho previsto no Plano Municipal de Arborização, mas nunca colocado em prática.

“A substituição dessas espécies é necessária e deve ser gradual. Pois as árvores são muito antigas, e por serem de grande porte, como a sibipiruna, podem representar riscos para a população por conta de queda e até acúmulo de folhas. O ideal seria substituí-las por ipês”.

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