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Saúde

Santa Casa reduz atendimentos com greve de médicos

Redação

[Via Correio do Estado]

Em protesto por conta da falta de pagamento dos salários e serviços prestados, que em alguns casos já chega a cinco meses, os médicos do maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa de Campo Grande, reduziram parcialmente o atendimento de urgência e emergência, além de casos eletivos e de novos pacientes.

A “greve” foi anunciada na semana passada, e mesmo após tentativa do hospital em descredenciar o movimento, os profissionais confirmam que não vão desistir até que os valores devidos sejam quitados. “A informação que nos passam é que não houve repasse, especialmente por parte do Estado. Na sexta-feira (14), em reunião com a diretoria nos disseram que tentaram fazer um empréstimo de R$ 10 milhões, que foi negado pela Caixa Econômica Federal (CEF)”, disse o presidente da Associação dos Médicos da Santa Casa de Campo Grande (Amesc/CG), Alex Cunha Alonso.

Já a assessoria de imprensa da Santa Casa informou que desde sexta-feira o hospital negocia o recebimento de R$ 10 milhões, repasse que deve ser feito pelo Governo do Estado, mas até esta manhã não ocorreu. O hospital nega que a greve tenha adesão em massa dos profissionais e diz que o atendimento é normal nesta segunda-feira.

Mas o diretor clínico da Santa Casa, Marcos Tiguman, informou que os médicos paralisaram 30% dos atendimentos de urgência e emergência, além de 70% do eletivo. “A Santa Casa tem três tipos de contratações de médicos, são aproximadamente 1 mil profissionais e todos tem algum tipo de atraso nos pagamentos. Em alguns casos chega a cinco meses. Mas esta situação ocorre há bastante tempo (falta de pagamento). No início do ano tivemos que fazer um protesto por conta disso e tem sido recorrente em anos anteriores”.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou por meio de nota que os repasses estão atrasados. Os pagamentos relativos aos meses de outubro e novembro deveriam ter sido efetuados em novembro e dezembro, mas aguardam liberação na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Mas o total a ser pago é e R$ 4,1 milhões, de acordo com a pasta. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) foi procurada, mas não respondeu até a publicação desta reportagem.

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