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Reunião é adiada e Consórcio cobra participação do governo na solução do transporte público

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Advogado do Consórcio Guaicurus não garantiu que salário de julho será pago em dia

A reunião entre a Prefeitura e o Consórcio Guaicurus prevista para ser realizada na tarde desta segunda-feira (27), para apresentar possíveis soluções para o transporte público foi adiada e não há previsão de quando acontecerá.

Em entrevista coletiva, o advogado do Consórcio, André Borges, não deu certeza do motivo para o adiamento, mas disse que a Prefeita Adriane Lopes deve estar conversando com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja, para encontrar a possível solução para o problema.

Outra possibilidade levantada por Borges é de que o poder público está analisando os números de arrecadação e prejuízo que o Consórcio tem e estão disponíveis em planilhas da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg).

“A reunião não foi possível porque o governador estava de viagem no final de semana e deve ter chegado hoje. Eles devem estar conversando para achar alguma solução.”, pontuou.

Ainda na coletiva, o advogado lembrou que muitos alunos das escolas estaduais andam de ônibus de forma gratuita, mas o governo do Estado não contribui com nenhum subsídio para compensar a gratuidade, da mesma forma que a prefeitura faz para os estudantes da rede municipal.

“Um número gigantesco de alunos da rede estadual anda de ônibus e não paga nada. Então, a prefeitura está pagando o passe desses alunos da rede estadual. Será que não é justo que o Estado faça parte da solução e pague pelo menos o passe do estudante da rede estadual?”, questionou Borges.

Sem previsão de salário

Borges também adiantou que o impasse precisa ser solucionado o mais rápido possível, uma vez que o Consórcio tem dinheiro em caixa apenas para realizar o pagamento do vale, mas não tem garantia de que o salário em si, previsto para ser pago dia 5, caíra na conta dos trabalhadores.

O advogado justifica a falta de dinheiro em caixa dizendo que o déficit do Consórcio é de R$ 5 milhões por mês e que o subsídio dado pela prefeitura junto com a isenção do ISS dá uma ajuda de R$ 1 milhão.

“O contrato passa por um momento delicado onde as despesas do Consórcio Guaicurus são superiores a receita”, afirmou.

O vale deveria ter sido pago aos motoristas na segunda-feira (20), mas o Consórcio não honrou com o compromisso, gerando o estopim para a greve deflagrada na terça-feira (21).

Então, em audiência do Tribunal Regional do Trabalho, realizada no mesmo dia da greve, ficou acordado que os 40% de adiantamento deverão ser pagos aos trabalhadores no dia 28, ou seja, amanhã.

Na greve da semana passada faltou R$ 2 milhões para pagar o vale dos trabalhadores, que têm que ser pagos amanhã. O dinheiro que vem sendo arrecadado desde quinta-feira está sendo reservado para o pagamento do vale, mas no dia 5 tem que pagar o salário”, explicou.

Via Correio do Estado MS

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