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Saúde

Repasse de R$ 6 mi para Unidade do Trauma é formalizado após 79 dias

Redação

[Via Correio do Estado]

A Unidade do Trauma da Santa Casa de Campo Grande, vai receber R$ 6 milhões do Ministério da Saúde, para custeio mensal do novo setor que começou a funcionar em setembro deste ano, seis meses após a inauguração do prédio.

A resolução que aprova o teto financeiro ao município e posterior envio dos recursos ao hospital foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Estado (DOE). A quantia repassada pelo Ministério para garantir o funcionamento da unidade precisou ser aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), com aval do secretário de Estado de Saúde (SES) Carlos Coibra e também do presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems) Wilson Braga.

Mesmo após dois meses de efetivo funcionamento o setor ainda tem 75 dos 126 leitos ociosos, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), situação mostrada em reportagem publicada pelo Correio do Estado na terça-feira (27).

Uma das justificativas para manter os leitos inativos era justamente a falta de repasse para custeio, que agora foi concretizada. O hospital também alega burocracia para liberar o funcionamento total do setor devido a pendências junto a Vigilância Sanitária Estadual.

Em nota a SES confirmou que aguardava “a publicação da portaria do Ministério da Saúde aumentando em R$ 6 milhões o teto financeiro de Campo Grande”.  A pasta explicou ainda que a Santa Casa “assinou termo de compromisso junto a Vigilância Sanitária para o início (do funcionamento) da Unidade”.

Alguns setores estavam autorizados, pela Vigilância Sanitária, a funcionar após a conclusão da obra e cumprimento de normas sanitárias com execução do projeto conforme aprovado. No primeiro andar o bloco I e III de internação, e o bloco II de vestiários. No segundo andar o bloco I também de internação, bloco II setor administrativo, e o bloco III onde fica o centro cirúrgico e o Centro de Tratamento Intensivo (UTI).

Mas há setores não concluídos, ou seja, obras ainda estão em andamento no local com projetos em fase de finalização e ainda é necessária ser feita pintura, limpeza, acabamentos finais e também instalação de mobiliário. No primeiro andar, o bloco III onde está o centro cirúrgico ambulatorial, para pequenas cirurgias, sala de materiais esterilizados e farmácia, está nesta situação. No térreo o bloco I para internação e o bloco II de sala de emergência e vestiários, e o bloco III onde fica o ambulatório e as salas de observação infantil e adulta também precisam ser concluídos.

Desde setembro, quando os pacientes internados no setor de trauma da Santa Casa começaram a ser transferidos para a unidade, havia promessa de repasse de recursos, que só se concretizou agora quase três meses depois.

Na época a Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG) garantiu que deveria receber total de R$ 18 milhões em quatro parcelas (de R$ 6 mi, R$ 2 mi, R$ 4 mi e R$ 6 mi) a partir de setembro, em recursos federais. O hospital ainda espera pelo menos outros R$ 6 milhões em repasses do Ministério da Saúde, a partir de dezembro. Além disso, a Santa Casa também recebeu outros R$ 6 milhões para conclusão da obra, que agora a SES confirmou não estar pronta.

Mas até agora, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), apenas 51 leitos da nova unidade da Santa Casa estão em utilização.

Oito das 16 salas de cirurgia do prédio principal da Santa Casa foram interditados no dia 3 de outubro após tempestade que caiu na Capital. O setor foi invadido pela água e sete das salas foram liberadas três dias após o incidente. Uma sala continua em reformas desde então e não tem previsão de voltar a funcionar, de acordo com o hospital. Após o fato o centro cirúrgico do novo setor precisou ser utilizado, por isso o hospital não informou se todas as 167 cirurgias realizadas no local no período de 30 dias foram de pacientes da ortopedia.

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