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Renda média do branco é 69% superior a pretos e pardos em Campo Grande

Redação

[Via Campo Grande News]

A renda média de pessoas brancas ocupadas foi 69,25% superior a de pretos ou pardos no ano passado em Campo Grande. É o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice é válido para pessoas de 14 anos ou mais.

O levantamento faz um recorte importante sobre a questão racial, apontada por defensores de políticas afirmativas, como a cota em universidades, como um problema ainda longe de ser resolvido no Brasil.

Conforme o estudo, o rendimento mensal de brancos na Capital foi de R$ 3.265, enquanto de pretos ou pardos ficou em R$ 1.929. Campo Grande apresentou média geral de R$ 2.561, sendo R$ 2.784 para homens e R$ 2.302 para as mulheres.

Mato Grosso do Sul registrou rendimento médio de R$ 2.150. Já o rendimento domiciliar per capta do sul-mato-grossense foi de R$ 1.414 A diferença entre brancos (R$ 2.650) e pretos ou pardos (1.718) no Estado foi menor em relação à Capital, atingiu 54,24%, muito por conta da atividade rural forte no interior.

Desemprego - Outro número que chama bastante atenção é que a taxa de desocupação no Estado fechou o ano passado em 8%, praticamente o dobro do registrado em 2014, quando ficou em 4,1%. O índice de jovens de 15 a 29 anos que não estudam e não estão ocupados atingiu os 5,2% em Mato Grosso do Sul. Outros 25,9% só estudam e 39,9% só estão ocupados.

Já entre os jovens de 18 a 24 anos, 21,6% não estudam e não estão ocupados. De 25 a 29 anos, 20,6% não estudam e não estão ocupados.

As ocupações informais envolvendo homens registraram rendimento médio de R$ 1.840 no Estado. Já as mulheres chegaram a R$ 1.233. Os brancos permanecem superior, R$ 1.995, enquanto pretos e pardos ficaram com R$ 1.256. Na Capital, a diferença entre homens e mulheres foi novamente considerável, de R$ 2.193 a R$ 1.682, respectivamente. Os brancos tiveram média superior a mil reais (R$ 2.562 contra R$ 1.532 de pretos e pardos).

A proporção de grandes pessoas ocupadas em trabalhos informais registrou a quarta queda consecutiva em Mato Grosso do Sul. Em 2015 eram 39,4%, enquanto 2018 chegou aos 38%.

O estudo do IBGE aponta ainda que entre a população ocupada entre os 40% com rendimento médio mais baixo ficou em R$ 845, enquanto a média de 10% com maiores rendimentos foi de R$ 9.865.

Em relação ao nível de escolaridade, 8,5% apresentaram como sem instrução ou fundamental incompleto, 8,8% têm fundamental completou ou médio incompleto, 11,7% tinham o ensino médio completo ou superior incompleto, e 27,1% têm ensino superior completo.

Mato Grosso do Sul apresentou bom resultado em relação à evasão escolar. O percentual de pessoas de 15 a 17 anos que não frequentavam a escola deixou o Estado em 7º lugar com 9,5%. Entretanto, a proporção de municípios com plano de carreira para profissionais de educação não docentes foi de 39,2%, acima da média nacional (38,8%).

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