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Reduzidas há 11 meses, equipes de tapa-buraco voltam em março

Redação
Contenção em 2020 ajudou a economizar cerca de R$ 5 milhões aos cofres da prefeitura

As equipes de tapa-buraco, que estão há quase 11 meses reduzidas por causa da pandemia da Covid-19, como uma forma de diminuir os gastos da Prefeitura de Campo Grande, devem voltar ao normal até o início de março. É a previsão do titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese.

As equipes estavam atuando de forma reduzida desde março do ano passado. Com isso, as obras estavam sendo realizadas com redução de 50% das equipes de trabalho.

Além disso, o serviço de recomposição em vias não asfaltadas também tem ocorrido com redução de profissionais, de 10 equipes a administração municipal passou para seis até o fim do ano passado.

“O normal são 15 equipes, mas no ano passado, com a redução, chegou a ter sete. Como era um período de estiagem, a gente aproveitou para reduzir. Agora, com as chuvas, aumentamos um pouco no começo do ano e até o fim deste mês, começo de março, devem ter 15 [equipes] novamente. A gente tem realmente que aumentar, porque senão ficam muitos buracos”, afirmou Fiorese.

Segundo o secretário, hoje são 11 equipes na ativa, mas ainda não são suficientes para resolver o problema dos buracos durante o período chuvoso. No começo do ano já havia ocorrido um aumento, e o número passou de sete equipes em atividade para 10.

“Agora estamos em 11 equipes, mas quando tem necessidade a gente aumenta. Já teve época que chegou a ter 30 equipes. Nosso contrato é feito para cada região, e à medida que vai tendo necessidade, quando chove e aparece buraco, a gente aumenta”, declarou.

A decisão de reduzir partiu do Executivo municipal, que solicitou que todas as secretarias fizessem cortes de gastos para manter a solidez nas contas públicas no momento de crise. A estimativa da administração era de que fosse poupado cerca de R$ 1 milhão por mês apenas com a Sisep.

Durante os nove meses que as equipes passaram com uma redução significativa, a economia chegou a cerca de R$ 5 milhões. Já agora, no período chuvoso, Fiorese afirma que o gasto por mês nesta época chega a até R$ 2 milhões. “No ano passado, tiveram meses que não chegaram a gastar nem R$ 1 milhão”, completou.

BURACOS

Na data em que a decisão para redução de equipes foi tomada, o Estado estava em um período de poucas chuvas, o que reduz o número de buracos nas vias. Por este motivo, o prefeito orientou que os gastos da secretaria fossem reduzidos com tal medida.

Como o período chuvoso retornou em dezembro, as chuvas não permitem que os buracos sejam tapados e abrem novos, aumentando fortemente a quantidade de vias que precisam receber manutenção. Muitas vezes as equipes não conseguem trabalhar em nenhuma região da Capital, e, com as equipes reduzidas, o trabalho é redobrado.

“Se começa a chover desde a manhã, as equipes não vão trabalhar, mas se chove à tarde elas conseguem fazer alguma coisa até 12h, por aí”.

Conforme o secretário, não há um levantamento do número de buracos existentes hoje em Campo Grande, mas ele ressalta que é só a chuva vir que novas crateras podem se formar nas ruas da Capital.

“É muito dinâmico isso. Como em janeiro choveu muito, vários dias seguidos, às vezes as equipes não conseguiram trabalhar e a chuva fez abrir mais buracos. Às vezes ficam só três, quatro dias que não está chovendo na semana, e quando não chove não aparece buraco. Amanhã já tem previsão de chuva até dia 16”, explicou o secretário.

Ao percorrer algumas ruas de Campo Grande, a reportagem do Correio do Estado encontrou vários buracos, que aumentaram com a chuva, em diferentes regiões da Capital, como na Avenida Gury Marques e na Avenida José Barbosa Rodrigues, localizada na região do Jardim Aeroporto.

Outra região com muitos buracos é no Bairro Aero Rancho, que foi alvo da operação de tapa-buraco ontem.

GESTÃO

O secretário afirmou que quando essa gestão assumiu a Prefeitura de Campo Grande, em 2017, o número de equipes de tapa-buraco era o dobro das empregadas normalmente pela Sisep, por causa da quantidade de buracos que a cidade havia acumulado.

“Quando a gente iniciou o mandato tinha uma coleção de buracos, não tinha uma rua que não tivesse um. Então tivemos que trabalhar com 30 equipes para dar conta de resolver esse problema. Hoje já não vemos mais tantos buracos como naquela época. E temos as frentes de recapeamento que estamos fazendo, e isso também ajuda a reduzir os tapa-buracos”, disse Fiorese.

Via Correio do Estado

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