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Recordista dos 100 m, Bolt tem proposta para defender clube de Malta

Redação

[Via Correio do Estado]

Usain Bolt, o homem mais rápido do mundo, está mais perto de realizar um sonho: ser jogador profissional de futebol.

Bolt chegou a treinar com o Borussia Dortmund em março, porém, apesar de ter tido uma atuação considerada boa, não empolgou o então técnico da equipe alemã, Peter Stöger.

O detentor do recorde mundial dos 100 m (9s58) e dos 200 m (19s19), ambos obtidos em Berlim em 2009, não desistiu e passou a participar em agosto dos treinamentos do Central Coast Mariners, clube da primeira divisão da Austrália, campeão nacional em 2013.

Em amistoso na última sexta-feira (12), ele atuou como atacante centralizado da equipe em jogo amistoso contra o Macarthur South West United, um time amador, e foi o destaque da vitória por 4 a 0 ao marcar dois gols.

No primeiro, em jogada típica de centroavante, recebeu lançamento, ganhou do zagueiro na corrida curta (sua especialidade) e no jogo de corpo, e chutou forte.

No segundo, aproveitou falha da defesa para, sem goleiro e com o gol escancarado, empurrar para as redes.
Ambos os gols ele fez com o pé esquerdo. Pouca gente sabe, mas Bolt é canhoto.

Depois da partida, Bolt mostrou-se satisfeito com seu desempenho, mas não a ponto de considerar garantida a assinatura de um contrato.

“Não vou dizer nada até assinar. Estou dando um passo de cada vez. Estou aqui para provar ao mundo que posso ser um futebolista, me testar para ver até onde posso chegar. Conversarei com o clube para decidir se iremos adiante, o que é necessário para isso."

Ele mostrou prudência ao conter a empolgação, já que o time não considera que uma única boa atuação é suficiente para incluir o jamaicano no elenco para a temporada que começa na próxima sexta-feira (19).
Nas palavras de Shaun Mielekamp, diretor executivo dos Mariners, "ainda é muito cedo para afirmar" se Bolt assinará com o clube.

Não é assim que pensa a direção do Valletta, para a qual o velocista tem vaga garantida, caso assim deseje.
Para Ghasston Slimen, principal executivo do clube da cidade de Ta' Qali, "um campeão é sempre bem-vindo, e no Valletta nós acreditamos que nada é impossível".

O Valletta está muito longe de ser uma potência na Europa, já que Malta, uma ilha no mar Mediterrâneo, tem tradição quase nula no futebol. Porém, localmente é uma equipe forte. Ganhou cinco dos últimos oito títulos nacionais e é o atual campeão.

Caso Bolt aceite a proposta, cujos valores não foram divulgados, e o Valletta repita o desempenho nesta temporada, vencendo a competição, ele terá a oportunidade de em 2019 participar da fase preliminar da Liga dos Campeões da Europa.

E há uma chance de a lenda das pistas, ainda um calouro nos gramados, em breve estar rodeado de alguns jogadores de qualidade melhor que os atuais.

Em setembro, o Valletta foi comprado pelo Grupo Sanban, dos Emirados Árabes Unidos, que faz consultoria em diversas áreas (administração, economia, mídia, publicidade, artes e engenharia, entre outras), e os investidores planejam altos voos no futebol europeu.

Para isso, precisarão de pé de obra qualificado.

Se Bolt, pelos relatos, não é exatamente um craque com a bola nos pés, sem ela certamente trará dividendos para o clube ao qual estiver vinculado.

Os holofotes estarão nesse time. Haverá mais exposição, mais interesse do mundo da bola. Consequentemente, mais patrocinadores e maior retorno financeiro.

O Central Coast Mariners, aparentemente sem pressa para contratar Bolt, sabe disso. O vídeo que o clube postou em sua página no Twitter foi visto mais de seis milhões de vezes.

Sendo assim, a equipe se incomodou com o assédio que vem de Malta.

O site The World Game, da Austrália, publicou que um dirigente dos Mariners, cujo nome não foi mencionado, comentou que as notícias sobre a saída de Bolt são "infundadas" e que "Usain continuará a treinar conosco na expetativa de firmar um contrato".

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