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Recapeamento da Bandeirantes vai custar R$ 9,5 milhões

Redação

[Via Correio do Estado]

Seis meses meses após anunciar a divisão da obra de drenagem e recapeamento do corredor Sudoeste, a Prefeitura de Campo Grande finalmente abriu licitação para a intervenção na Avenida Bandeirantes, um dos três lotes que ainda precisam ter os serviços realizados. O valor total estimado é de R$ 775.051,37, apenas para sinalização da via que tem extensão de aproximadamente 4,1 quilômetros, entre o Terminal Bandeirantes e a Avenida Afonso Pena. O valor total da obra é de R$ 9.537.967,04 e a previsão é de que se inicie em outubro.

A concorrência é para contratação de empresa para execução da obra no corredor exclusivo sudoeste, lote 3. A obra é do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do Ministério das Cidades, para implantação e melhoria de infraestrutura de transporte público coletivo, com sinalização horizontal e vertical. O aviso de licitação foi publicado nesta terça-feira (24) no Diário Oficial do Município (Diogrande), com previsão de ser iniciada no dia 24 de agosto.

Em janeiro, após publicação de reportagem - pelo Correio do Estado - sobre a lenta execução do convênio entre o Exército e a prefeitura para recapear 12,11 quilômetros de vias do corredor sudoeste do transporte coletivo, a administração municipal decidiu dividir a obra em três lotes. A licitação ainda deverá contemplar os trechos da Avenida Marechal Deodoro e o seu prolongamento, e a Avenida Gunter Hans.

Mas a avenida, que pode passar por obra completa ainda este ano, já está com intervenção. Por conta do serviço realizado pelo Exército na Rua Brilhante - com três frentes de trabalho -, o trecho da Avenida Bandeirantes entre as ruas Gabriel Cubel e Itália está em obra para instalação de drenagem. Para os comerciantes da região, o Exército informou que a obra iniciada a duas semanas será concluída até o fim do mês. “Mas pelo andar dela, acho difícil de terminarem. Já ficaram dois dias com ela parada, sem explicar o motivo. A gente torce para terminar, porque atrapalha o comércio demais”, disse a proprietária de uma lanchonete localizada em frente ao longa os os militares estão atuando, Elza Nogueira, 71 anos.

O local precisou ser fechado para o tráfego de veículos, ônibus e carros acabam desviando pela Rua Alexandre Fleming, onde há outra sinalização de obra no cruzamento com a Rua Hermenegildo Pereira. Porém ali, não há militares atuando e o local está sinalizado pelo menos desde a última visita da reportagem no dia 21 de julho. “Eles fecham as ruas, travam todo o trânsito, abrem e fecham buraco. Mas tudo é devagar, demorado demais, confuso”, diz o serigrafista Lucas Gelvit, 21 anos, que trabalha na região e convive com o tumulto provado pela obra.

Na Rua Brilhante, os militares atuam no mesmo trecho onde estavam no mês passado, quando a reportagem esteve no local. O buraco aberto do lado esquerdo da pista foi tapado e o asfalto refeito, agora há outro buraco do lado direito, no cruzamento com a Rua Adule Rezek. “Ficam dois trabalhando e o resto olhando, acho que os soldados estão aprendendo a fazer obra. É uma bagunça”, disse o motorista Valcidío Santos, que trabalha em frente a obra.

PREVISÃO
A prefeitura informou que se não houver entraves burocráticos no processo de licitação o planejamento é de que a  obra de recapeamento seja iniciada em outubro. Na nova etapa serão investidos R$ 9.537.967,04 em drenagem, recapeamento, calçada com piso tátil e acessibilidade, além da sinalização viária, sendo 74% do recurso de financiamento do PAC Mobilidade Urbana e 26% (R$ 2,4 milhões) de contrapartida da prefeitura.

A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) prevê que sejam publicados o edital das obras de drenagem e recapeamento (lote 1) e lote 2 (instalação de semáforos) até sexta-feira (27).

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