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Qual a diversão do campo-grandense quando a noite fria chega aos 9ºC?

Redação

[Via Campo Grande News]

Em Campo Grande, o programa de final de semana é quase sempre o mesmo: uma cerveja gelada em mesa de bar e fica tudo certo. Mas quando a temperatura miníma aponta para 9ºC, fica a dúvida: para onde corre o campo-grandense em noites de frio? Na sexta-feira (3), descobrimos que o ponto de encontro pode ser até em supermercados.

Como o frio vira uma celebração por aqui, no lugar de se esconder, muita gente sai de casa para aproveitar o clima raro na cidade. As três amigas Maria Aguiar, 60 anos, Cida Agustini, 65, e Maria Leuda, 49, por exemplo, decidiram aproveitar a noite gelada para comer massa, tomar vinho e usar as roupas de frio favoritas. "Eu comprei esse casaco na Turquia, como ia perder a oportunidade de usa-lo?", brinca Maria Aguiar. "A gente prefere a cervejinha, mas o frio passa rápido, por isso temos que aproveitar", completa. Elas escolheram passar a noite em um restaurante italiano, comendo capeletti.

"A gente torce pro frio ficar sempre, porque o movimento aumenta mesmo", destaca Tommy Menegazo, gerente de atendimento da Cantina Romana. Ele conta que, além das massas, o fondue de queijo é um dos pratos mais populares no frio. A maioria dos clientes também troca o chope pelo vinho. "É algo cultural, como a gente tem pouco frio, o pessoal tira toda a roupa do armário e vem comer massas, parece que a gente está em Gramado", compara.

Outro local badalado nos momentos gélidos é o restaurante Território do Vinho, que coloca para funcionar até aquecedores e lareira para atrair os clientes, além de ter vasto menu de bebida e pratos que fazem sucesso. "Comidas pesadas, como risoto, carnes e massas, e o consumo do vinho, aumentam drasticamente", aponta Diogo Wemdling, proprietário do restaurante.

O custo médio de um prato na Cantina é R$ 62,00, e serve duas pessoas. Já os vinhos variam, desde o chileno Reservado, por R$ 57,00 a garrafa, até o também chileno Almaviva, por R$ 1.220,00. No Território, os valores praticados são parecidos. O cliente poderá comer um risoto, por exemplo, por R$ 49,00 a R$ 62,00, e pedir uma taça de vinho a partir de R$ 17,00, ou da garrafa argentina Saint Lambert por R$ 69,00 até a Almaviva, por R$ 1.590,00.

Diante de preços bem robustos, quando esfria, muita gente corre fazer uma comprinha no mercado, e geralmente sai carregando pelo menos uma garrafa de vinho. A assistente de caixa do Comper 24 horas do Jardim dos Estados, Karoline Antonio Pereira, confirma o movimento grande. "A gente percebe o mercado mais cheio e saída maior de garrafas de vinho", afirma.

O grupo de estudantes liderado por Deocides Pereira, 22, foi ao supermercado justamente para comprar vinho, bebidas destiladas e chocolate. A ideia era comemorar o aniversário de uma das amigas, Nayara, com duas garrafas, por um preço bacana. "Esses aqui custaram R$ 27,00 cada", informa Deocides, mostrando os vinhos chilenos.

Pra quem quer economizar, o vinho tinto Reservado sai por volta de R$ 30,00 nos supermercados, e tem até opções mais viáveis, como o Mioranza, por R$ 17,00 e que faz sucesso entre os jovens.

E mesmo com o vento gelado e cortante, alguns corajosos resistiam nas conveniências da região central, ao ar livre e com cerveja gelada no copo. A estudante Nuala Lobo, 22, não se deixa vencer pelo frio. "Sexta-feira, né? A semana é dura, está muito frio mas a cerveja é barata. Dá preguiça de sair, mas os amigos sempre me convencem", explica. "Depois, a gente chega em casa congelando e se arrepende de ter saído", diz, rindo.

O bom e velho litrão de cerveja continua a R$ 5,00 em algumas conveniências da região central. Basta ter coragem de encarar a bebida gelada.

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