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Quadrilha que transportava cocaína em aviões em MS é alvo da PF

Redação

[Via Correio do Estado]

Pelo menos 36 pessoas são alvos, na manhã desta quinta-feira (17), de operação desencandeada pela Polícia Federal que busca desmantelar quadrilha que utilizar o transporte aéreo de aviões para traficar cocaína entre os estados do País.

A quadrilha é a mesma que já fora alvo da Polícia Civil do Estado em 2017, acusada de adulterar e clonar peças de aviões para o transporte de drogas, na Operação Narcos (leia mais ao lado).

Segundo a PF, a base de operações do grupo se localizaria na região de São Gabriel do Oeste. Mas, em agosto daquele ano, após a atuação da Polícia Civil, a estrutura de apoio da organização criminosa teria sido transferida para Santarém (PA).

Nesta manhã, são cumpridos ao todo 106 mandados judiciais em seis estados diferentes ( Amazonas, Goiás, Maranhão, Pará, Tocantins e Roraima), além de Mato Grosso do Sul.

Chamada de Operação Teto Baixo, uma referência à prática de voos clandestinos, que ocorrem a baixa altitude com o objetivo de dificultar sua identificação por radares, os trabalhos ção começaram no final de 2016, quando um avião caiu no município de Caracaraí (RO) e os ocupantes fugiram, o que levantou suspeitas sobre o conteúdo que estaria sendo transportado.

A partir dessa suspeita, a PF conseguiu apurar que os responsáveis pela aeronave estariam envolvidos em uma organização criminosa destinada ao tráfico de drogas.

Durante o ano de 2017, três ações coordenadas pela Polícia Federal durante as investigações resultaram na apreensão de mais de meia tonelada de cocaína nos estados de Roraima, Pará e Tocantins.

O esquema envolveria o transporte de cocaína, que seria recebida na Região Norte do País por meio de aviões com destino ao Centro-Oeste.

Cada voo transportaria, em média, 550 quilos da droga, e o grupo contaria com pelo menos 18 aeronaves.

A cocaína seria pega em São Gabriel da Cachoeira (AM), de onde o avião partiria para alguma pista clandestina no estado de Roraima, com o intuito de se afastar de regiões com maior fiscalização, para depois ir em direção a estados como Goiás e Tocantins.

A organização seria estruturada em três núcleos distintos: um familiar, formado por parentes do líder esquema, quem comandavam os negócios; um outro núcleo que prestaria apoio logístico ao grupo – como a identificação de pistas clandestinas, arrendamento de fazendas e abastecimento das aeronaves; e um último composto pelos pilotos.

Foram deferidos 30 mandados de prisão preventiva, 6 de prisão temporária, 27 de busca e apreensão, 7 mandados de bloqueio/suspensão de regularização de imóvel rural e 36 mandados de sequestro/bloqueio de bens, os quais incluem, além dos 18 aviões, imóveis, propriedades rurais e mais de R$ 290 milhões de reais de eventuais contas bancárias em nome de 36 investigados.

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