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Quadra será entregue completa e vai ser exemplo de como a 14 ficará

Redação

[Via Correio do Estado]

A primeira quadra do Reviva Campo Grande, na Rua 14 de Julho, entre a avenida Fernando Corrêa da Costa e a Rua 26 de Agosto, já será entregue completa, com toda fiação subterrânea e calçada ampliada. Com ela, a população já poderá ter um “exemplo” de como será toda a extensão da rua após o fim das obras. Com previsão inicial de 60 dias de ações por quarteirão, a primeira etapa já deve ter atrasos.

No momento a obra se divide em duas etapas entre a avenida Fernando Corrêa da Costa e a Rua 7 de Setembro. Na primeira quadra, até a Rua 26 de Agosto, a drenagem, esgoto, caixas e dutos, canaletas, água e incêndio já foram feitas. Agora os operários trabalham na transferência da fiação para dutos subterrâneos. “Já estamos na fiação. Depois fazemos a pavimentação e partimos para as calçadas, que serão totalmente refeitas e ampliadas. Quando formos para as calçadas, o trânsito será liberado nessa primeira quadra já”, explicou o engenheiro Rafael Nakasone.

Com a ampliação das calçadas, a Rua 14 de Julho passará a ter apenas duas faixas para os carros. “Aqui nessas duas primeiras quadras ainda haverá vagas de estacionamento, mas a partir da Rua 7 de Setembro não terá mais”, completou o engenheiro.

O lançamento oficial do programa Reviva Campo Grande foi no dia 15 de Maio, mas as máquinas e operários começaram a trabalhar somente no dia 4 de junho. Com a previsão de 60 dias por cada quarteirão, a primeira quadra já deve ser entregue com atrasos. Isso porque a obra já tem 40 dias de execução e o engenheiro prevê mais 30 dias para finalizá-la.

Enquanto as ações focam a parte subterrânea da via, as calçadas continuam liberadas para a passagem de pedestres, mas o comércio do local sente a queda no movimento de clientes. Daniel Freire é proprietário de uma loja de livros novos e usados bem na esquina da 14 de Julho com a 26 de Agosto, e segundo ele, o movimento caiu cerca de 70% desde o início das obras.

COMÉRCIO E SUGESTÕES
“Judiou demais, porque o estacionamento acabou, as pessoas acham que pela obra estamos fechados e ninguém vem. Seria uma boa divulgarem mais que o comércio continua funcionando mesmo com a obra. Os tapumes escondem a gente também. Outra coisa que vi em outras obras são ações noturnas. Seria legal para minimizar pra gente e agilizar a obra também”, comentou o empresário ressaltando que alguns imprevistos têm ocorrido e também prejudicam o dia a dia do comércio.

“Esses dias romperam uma vibra óptica e ficamos dois dias sem telefone. Acho que faltou um estudo aprofundado da rua para saber onde está cada encanamento e duto, para não terem surpresas quando abrirem”, completou dizendo que tem receio dessa obra ser uma “nova Brilhante”, onde o Exército está com a obra travada há mais de um ano.

Ao lado da loja de livros, o restaurante de Graziele Pereira também sentiu a queda no movimento. “Foi cerca de 40%. Não estamos sentindo muito porque servimos almoço em outros locais. Se fosse só aqui, ficaria ruim”, comentou que ontem ficam sem água sem aviso prévio e complicou o funcionamento do estabelecimento.

Sobre o cronograma, a assessoria de imprensa do programa informa que algumas ações estão até adiantadas. “O cronograma está sendo cumprido e, em alguns casos até adiantado, com a finalização antes da data prevista, como a travessia do esgoto no cruzamento da 26 de Agosto com a 14 de Julho, quando estava previsto o trabalho para dois dias e foi feito em apenas um”, afirmaram em nota.

Já a comunicação com os comerciantes se mantém semanalmente com reuniões, um escritório na sede da Associação Comercial de Campo Grande, e por uma equipe que passa nos estabelecimentos informando sobre o andamento das obras e tirar dúvidas.

“Também vamos instalar faixas de aviso ao longo da via para informar que as lojas continuam atendendo normalmente. Até o presente momento, todas as reclamações registradas de interrupção de algum serviço foi prontamente atendida. Alguns serviços já estão sendo feito até o período noturno. Estuda-se ampliar esses serviços e também o horário estendido, mas sempre obedecendo a Lei do Silêncio”, completa a nota ressaltando a questão do trabalho noturno sugerido por comerciantes.

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