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“Puxão de orelha” não resolveu e mais uma vez não deu quórum em sessão

Redação

[Via Correio do Estado]

Mesmo depois de “puxão de orelha” dado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (MDB), parlamentares continuam faltando às sessões. Na manhã de ontem (17), Mochi reuniu os deputados para pedir mais assiduidade nos trabalhos legislativos, principalmente para aqueles que continuam fazendo campanha no segundo turno, mas a repreensão não surtiu efeito e novamente não teve quórum para deliberações de matérias na Casa de Leis. Dos 24 parlamentares, apenas dez compareceram na sessão desta quinta-feira (18), porém o painel eletrônico marcou presença de 12 deputados.

Os deputados que compareceram na sessão de hoje foram: Cabo Almi, João Grandão e Amarildo Cruz do PT, José Carlos Barbosa, o Barbosinha e Zé Teixeira do DEM, Paulo Corrêa (PSDB), Herculano Borges (SD), Grazielle Machado (PSD), Paulo Siufi e George Takimoto do MDB. O painel registrava a presença dos deputados Lidio Lopes (Patriotas) e de Rinaldo Modesto (PSDB), mas eles não foram vistos em plenário.

Apesar de Mochi ter repreendido os deputados, ele mesmo não compareceu ao plenário hoje e o deputado Paulo Corrêa dirigiu a sessão. Contrariado, Barbosinha declarou que o exemplo “deveria começar pela presidência né?!”.

O petista Cabo Almi também lamentou a falta de quórum. “Difícil lidar com ser humano, existe uma preocupação de manter a Casa funcionando nesses dias de campanha, mas ano que vem teremos bastante militares e eles vão colocar ordem e disciplina aqui”, brincou Almi, ao fazer associação com o cenário de debate em que os deputados se encontravam, na ocasião.

A sessão começou, aproximadamente, às 10h e às 10h40 já tinha sido encerrada. No início, os parlamentares aproveitaram o tempo e debateram sobre as propostas dos dois presidenciáveis. As críticas a Jair Bolsonaro e Fernando Haddad foram diversas. De um lado os petistas e do outro emedebistas aliados a base do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) que declararam apoio a Bolsonaro.

Para o deputado George Takimoto, essa falta de frequência é justificável. “Para o político, a hora mais importante é a hora eleitoral, a maioria está nas bases pedindo votos para seu grupo político”, afirmou o parlamentar do MDB.

Takimoto disse também que o governador respeita o momento e que o Executivo estadual não tem encaminhado matérias polêmicas que possam gerar problemas para o Legislativo. “Isso vai acabar no dia 28 de outubro e tudo vai voltar ao normal”, declarou ele.

FÉRIAS FORA DE TEMPO
A reportagem do Correio do Estado publicou o pedido de recesso fora de tempo que os deputados estavam planejando fazer, mas devido a má repercussão da ideia, parlamentares voltaram atrás e as férias não foram oficializadas. Leitores criticaram os deputados e não viram com bons olhos o recesso remunerado para fazer campanha com faltas justificadas no Legislativo.

A maioria das faltas são dos deputados da base do governador, em que 8 dos 24 são do PSDB. Hoje, apenas um dos tucanos compareceu à sessão.

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