Projeto definitivo da nova Feira Central de Campo Grande será apresentado em agosto
Obra está avaliada em R$ 40 milhões, mas ainda não tem data prevista para o início
O novo projeto arquitetônico definitivo da nova Feira Central de Campo Grande deve ser apresentado em agosto, é o que afirma a presidente da Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande (Afecetur), que administra o local, Alvira Appel. Há 18 anos no mesmo espaço, agora a atração turística será construída onde hoje é o estacionamento para dar mais comodidade aos seus visitantes e para os trabalhadores.
A obra está avaliada em em R$ 40 milhões, sendo que da bancada federal foram garantidos R$ 15 milhões e do governo do Estado R$ 25 milhões De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, ainda não tem previsão para o início das obras, uma vez que o projeto deve ser aprovado pela Caixa Federal, que é quem autoriza a abertura da licitação.
“O projeto está sendo desenvolvido pela própria Associação [da Feira] porque eles são os maiores interessados”, explicou Fiorese.
Por sua vez, Appel que o novo espaço está sendo desenvolvido baseado em alguns eixos, especialmente para dar mais conforto térmico para quem frequenta e trabalha no lugar tanto para a conservação de alimentos como a hortifruti que é comercializada.
O projeto prevê que no novo local as telhas não serão de zinco como são hoje e as bancadas de granito serão substituídas por algum material mais adequado para a conservação da hortifruti comercializada que, atualmente, é depositada em bancadas feitas de pedra de granito.
Uma outra preocupação é garantir que tenham espaços adequados para a manipulação de alimentos para que todos os restaurantes trabalhem de acordo com as normas sanitárias e tenham condições de atender seus clientes de forma mais confortável.
“Quando mudamos para esse local, todo feirante recebeu um quiosque com uma tomada para ligar uma geladeira. Como trabalhar com uma geladeira hoje em dia? Não tem mais condições de continuar assim, inclusive até nossa rede elétrica já está sobrecarregada”, aponta a presidente da Associação.
Como o espaço foi ativado em 2004 e passou apenas por manutenções pontuais, mas nunca uma grande reforma, com o tempo todo o local ficou deteriorado e já não comporta o número de visitantes, que antes da pandemia de Covid-19 chegava a 70 mil pessoas por mês.
“Precisamos dessa qualificação para restaurar a Feira Central e precisamos de um espaço que as pessoas possam competir de igual para igual. Queremos ser uma experiência na vida das pessoas”, esclarece.
A nova feira também terá espaço de convivência para os funcionários e lojas maiores darão lugar aos boxes que hoje vendem roupas, brinquedos, perfumaria e artesanatos no geral.
Atualmente, o espaço comporta 300 negócios, dos quais 25 são restaurantes e 80 pontos de venda de alimentos diversos.
Com a retomada pós-Covid, ainda não é possível mensurar a circulação de pessoas no espaço porque as vendas enfraqueceram durante esse período e apenas agora estão conseguindo retomar o movimento e faturamento de antes.
A Feira Central
A Feira Central, popularmente conhecida como Feirona, está instalada desde 2004 na Esplanada Ferroviária da Capital. Contudo, ela já existe há 97 anos e seu centenário será comemorado em 2025.
Em 2017, a Feira Central de Campo Grande foi registrada como Patrimônio Cultural e Imaterial da Capital.
O local conta com restaurantes, bancas de frutas e legumes, estandes de sobremesas e laticínios artesanais, boxes com lojinhas de roupas, eletrônicos, objetos de decoração, brinquedos e souvenirs, entre outros.
A maior parte da influência, especialmente na culinária, vem da cultura japonesa e de descendentes da ilha de Okinawa, que fizeram adaptações com a cultura local.
Via Correio do Estado MS