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Prefeitura inicia estudos para reforma do Mercadão em 2020

Redação

[Via Correio do Estado]

Inaugurado em 1959 e hoje com uma média de quase 5 mil pessoas circulando por suas dependências, o Mercado Municipal de Campo Grande dá seus primeiros passos para iniciar aquela que promete ser a maior reforma de sua história. Técnicos em urbanização de uma empresa contratada pela Prefeitura iniciaram nesta semana os trabalhos de mapear toda a área do estabelecimento mais tradicional da cidade.

O plano é iniciar enfim a execução da modernização do prédio no ano que vem, com alvarás, mapeamento de obras e, principalmente, a verba para execução.

Nesta primeira fase, ainda mais teórica que prática, trabalhos pontuais já foram feitos pela gestão Marcos Trad (PSD), como o reforço na pintura de sinalização no estacionamento e área interna.

Mas o Correio do Estado apurou que além de melhorias internas, o objetivo da Prefeitura é ir além: construir uma praça de alimentação no local e ampliar seus corredores inhternos e estacionamento, inclusive oferecendo vagas cobertas.

O projeto é tratado como sigiloso pela gestão municipal, que não confirma oficialmente data para início das obras. A elaboração do estudo atende justamente o plano do Poder Municipal de tentar dinheiro do programa Pró-Cidades do Ministério do Desenvolvimento Regional para custear os trabalhos.

OBRAS

Com o projeto em mãos, a Prefeitura espera incluir o Mercadão junto de outras reformas que estão programas, estas sim de forma oficial. O Ministério do Desenvolvimento Regional já selecionou quatro projetos que devem continuar o processo de transformação da zona urbana de Campo Grande e também melhorar os serviços públicos prestados. Somados, chegam a quase R$ 75 milhões de investimentos.

Na lista de reformas já programadas com a ajuda da União no custeio estão a revitalização da Rua Bom Pastor, o maior corredor gastronômico da cidade, a reforma de parte da antiga rodoviária que pertence ao município e a instalação de rede de fibra ótica em praças públicas e também no Paço Municipal.

Os R$ 74,6 milhões vêm compor outro projeto milionário que está transformando o Centro, o Reviva Campo Grande: que tem mais de R$ 200 milhões para projetos como a revitalização da Rua 14 de Julho (mais de 90% concluída), requalificação das vias do quadrilátero central, construção de conjuntos habitacionais na região, revisão do Plano de Mobilidade Urbana e ainda a implantação de um corredor de transporte coletivo na Rua Rui Barbosa.

PASSADO

A Prefeitura não fala em valores sobre uma obra de reestruturação do Mercadão, até por conta do levantamento estar em produção. Há impasses, como o fato do prédio ser tombado, o que impede a construção de anexos. Somente o estudo, que também não tem prazo para finalização, apontará os caminhos a serem seguidos.

A última grande reforma do Mercadão aconteceu em 2016, na então gestão Alcides Bernal (PP), quando foram trocados telhados, piso e sistema hidráulico do prédio, além da reforma dos banheiros e instalação de equipamentos de combate a incêndios.

Desde janeiro a Prefeitura mantém em funcionamento uma cmissão que avalia assuntos sobre o Mercadão Municipal, com integrantes do do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur).

A ordem para a realização da 'períia' no prédio foi assinada por Trad naquele mês, inclusive, com objetivos de garantir seu tombamento, o que aconteceu.

O Mercadão foi inaugurado em agosto de 1959, se originou em uma feira livre, um ponto de vendas de carnes e verduras que ocupava uma grande área margeando os trilhos de trem da Noroeste, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua 7 de setembro. A feira funcionou até o final dos anos 50 quando o terreno foi doado à Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Hoje o Mercadão passou a ser referência na comercialização de produtos hortifrutigranjeiros, peixes e especiarias tendo sido por longo tempo um dos poucos locais de comércio abertos ao público.

A dificuldade que os produtos enfrentavam para transportar e vender sua produção motivou o imigrante português Antonio Valente a doar a área de sua propriedade para fixação de uma feira. Essa feira deu origem ao atual Mercadão, um ponto de referência e até ponto turístico da Capital.

Edição do Correio de 31 de agosto de 1959: três dias, o Mercadão nascia e valia uma nota na capa do jornal
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