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Economia

Prefeito afasta isenção a comerciantes da 14 de Julho

Redação

[Via Correio do Estado]

Apesar dos transtornos causados ao comércio ao longo da Rua 14 de Julho, por conta das obras do Reviva Campo Grande, o prefeito Marcos Trad (PSD) afastou novamente a possibilidade de conceder isenções de alguns impostos de taxas aos comerciantes da região.

Ao longo de quase dez meses de obras os proprietários viram o movimento nas lojas diminuir drasticamente e mesmo assim não terão nenhum tipo de auxílio para manter seus negócios funcionando.

A justificativa para tal atitude é por conta do aviso feito antes das obras começarem. “Perguntamos aos lojistas se todos estavam de acordo. Em reuniões todos disseram que queriam as obras. Eles sabiam que ia ter seste tipo de transtorno (queda no movimento) e aceitaram. E não há porque isentar, foi tudo conversado”, afirmou Trad.

Seis meses após a prefeitura iniciar as obras na Rua 14 de Julho, comerciantes da via comercial mais tradicional da região central contabilizam queda de até 60% no movimento de vendas, dependendo do segmento de atuação.

Ao longo das nove quadras da via que vão da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Mato Grosso, trecho que passa pelas intervenções em diversas etapas de trabalho, pelo menos 35 lojas e prédios comerciais estão fechados (com placas de aluga-se, vende-se ou apenas fecharam as portas), de acordo com levantamento realizado pelo Correio do Estado em reportagem publicada na quarta-feira (20). A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) ainda não divulgou balanço a respeito do assunto.

As obras de revitalização e os efeitos da crise econômica prolongada fizeram 1.505 lojas e estabelecimentos comerciais e industriais da região central de Campo Grande fecharem as portas nos últimos 11 meses, de acordo com levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Campo Grande.

De 3.410 estabelecimentos abertos no ano passado, a quantidade de empreendimentos em atividade encolheu para 1.905, o que representa queda de 44,1%. Como resultado desse fechamento, a estimativa é que 7.525 vagas de trabalho tenham sido extintas entre abril do ano passado e este mês.

O período coincide com o de lançamento das obras da 14 de Julho (em julho) e com os primeiros impactos sentidos pelos comerciantes em decorrência da interdição da via, entre setembro e outubro do ano passado. A CDL pretende fazer uma reunião hoje com vários lojistas para propor soluções que vão desde o acionamento jurídico até linhas de crédito para o comerciante ter como investir na empresa. O encontro deve ocorrer às 19 horas, na sede da CDL.

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