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Preço da cesta básica dispara e Campo Grande registra a maior alta do País

Redação
Campo-grandense precisa trabalhar mais de 121 horas por mês para conseguir comprar cesta básica de R$ 609,33

O valor da cesta básica para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, disparou em Campo Grande e registrou a maior alta do País, com elevação de 3,48% no valor do conjunto de alimentos básicos.

Com isso, a cesta de alimentos na Capital chega a custar R$ 1.827,99, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), referente a agosto.

Já a cesta básica para uma única pessoa, sai a R$ 609,33. No mês passado era R$ 588,84, ou seja, um aumento de 3,8% ou cerca de R$ 20,49. No ano, a variação da cesta básica foi de 5,70%.

O Percentual do salário mínimo líquido para compra de uma cesta básica, ficou em 59,89% (elevação de 02,02 p.p. em relação à julho). Com isso, para conseguir comprar, o campo-grandense precisa trabalhar 121h52min.

PRODUTOS

Em agosto, o item que teve maior variação em relação ao mês anterior foi a batata, que ficou 30,28% mais cara, com custo médio de R$ 3,27 o quilo.

Além disso, o Dieese apontou que a banana ficou quase 26% mais cara, além do tomate (7,95%), café em pó (6,6%), açúcar cristal (3,62%), manteiga (1,42%) e a carne bovina (0,26%).

Por outro lado, o feijão carioca ficou quase 4% mais barato, além do arroz agulhinha (-3,72%), farinha de trigo (-2,82%), óleo de soja (-0,93%), leite de caixa (-0,42%) e o pão francês (-0,25%).

NACIONAL

O levantamento destaca ainda que o valor da cesta de alimentos aumentou em 13 cidades e diminuiu em quatro. Além da Capital, Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%) tiveram os maiores aumentos. As capitais onde o custo apresentou queda foram Aracaju (-6,56%), Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e João Pessoa (-0,28%).

Para as famílias com renda de um salário mínimo, o preço da cesta básica de alimentos chega a consumir 65,32% dos ganhos mensais.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) foi realizada em 17 estados brasileiros e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pela população. De acordo com o levantamento, considerando o valor dos alimentos e os altos reajustes inflacionários, o salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 5.583,90, mais de cinco vezes o piso salarial praticado atualmente.

A cesta para uma única pessoa mais cara foi registrada em Porto Alegre (R$ 664,67), seguida por Florianópolis (R$ 659,00), São Paulo (R$ 650,50) e Rio de Janeiro (R$ 634,18). Mesmo em Aracaju, onde o custo é mais baixo (R$ 456,40), o valor representa um gasto de 44,86% do salário mínimo.

Em um ano, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu mais de 10% em todas as cidades que fazem parte do levantamento.

Via Correio do Estado

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