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Por melhorias no serviço, motoristas da Uber protestam em Campo Grande

Redação

[Via Correio do Estado]

Em protesto por melhores condições de trabalho, cerca de 50 motoristas do aplicativo Uber ser reuniram na manhã deste sábado, nos altos Afonso Pena, em Campo Grande. A categoria cobra aumento na taxa repassada pela empresa e mudança nos critérios de avalição do serviço, além de incentivo por parte do poder público para a instalação de mais locadoras de automóveis na cidade, medida que aumentaria a concorrência e diminuiria o preço do aluguel.

Segundo Paulo Pinheiro, presidente da Associação dos Parceiros em Aplicativos de Transportes de Passageiros e Motorista Autônomos de Mato Grosso do Sul (Applic/MS), a tarifa repassada aos condutores está congelada há 15 meses. Não bastasse os tributos para manutenção do veículo, os trabalhadores ainda lidam com aumento do custo de combustível, dos planos de telefonia móvel para uso de internet e peças de manutenção mais caras. "O serviço corre risco de se tornar inviável", explicou.

Atualmente, a bandeira do Uber está escalonada da seguinte forma: a partida inicial custa R$ 2,50, com adicional de R$ 1,10 por quilômetro rodado ou R$ 0,15 centavos por minuto. "Diante deste cenário, o ideal seria que houvesse aumento para pelo menos R$ 3 por partida, R$ 1,27 por quilômetro rodado e R$ 0,30 centavos o minuto. A empresa alega que a taxa está em dia, mas parece desconhecer a realidade do motorista", disse Paulo.

Ele lembra ainda que muitos motoristas utilizam veículos alugados e, em média, pagam R$ 1.600 às locadoras. "Não há incentivo para locadoras. Se o Governo do Estado ou até mesmo a prefeitura atraíssem estas empresas, haveria mais concorrência, preço mais baixo e ao mesmo tempo mais dinheiro circulando na cidade".

Outro ponto que causa descontentamento entre os trabalhadores é referente às avalições. Ou seja, cada motorista cadastrado recebe uma nota pelo serviço prestado. Entretanto, somente usuários avaliam os motoristas. Quanto pior a nota, maior o risco de exclusão do serviço. Até o momento, não é possível avaliar usuários. "Deveria haver uma via de mão dupla, pois muita coisa acontece em uma viagem", pontuou Paulo, justificando que os passageiros nem sempre são coerentes nas avaliações. "Isso nos prejudica".

 

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