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Saúde

Pesquisa aponta crescimento na adoção de hábitos saudáveis por campo-grandenses

Redação

[Via Correio do Estado]

Média de quase um em cada quatro habitantes de Campo Grande estão obesos, o que corresponde a 23,4% da população, e 59,8% tem excesso de peso, de acordo com pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel) de 2017, divulgada hoje pelo Ministério da Saúde. Apesar do alto índice de obesidade, pesquisa aponta que os campo-grandenses têm demonstrado hábitos mais saudáveis nos últimos anos. De 2008 a 2017, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 17,2%, a prática de atividade física no tempo livre aumentou 127% e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 53,2%, acima da média nacional, que foi de 52,8%.

Na mesma pesquisa, divulgada no ano passado com dados até 2016, Campo Grande aparecia como a segunda capital com o maior número de pessoas obesas ou acima do peso, além de baixo índice de pessoas com hábitos de vida saudáveis.

Diretora do Departamento de Vigilância de Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS), do Ministério da Saúde, Fátima Marinho disse que mesmo com a tendência a estabilidade e com o crescimento da prática de hábitos saudáveis, é importante continuar vigilante com a população.

"A obesidade e o sobrepeso são portas de entrada para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que prejudicam a saúde da população e que poderiam ser evitadas”, ressaltou Fátima.

Ainda conforme a pesquisa, na capital, o consumo de refrigerantes e sucos artificiais vem caindo ao longo dos últimos 11 anos, saindo de 27,8%, em 2007, para 13% no ano passado, o que representa a queda de 53,2%. A retração foi maior no sexo masculino, caindo quase 60%, no mesmo período, enquanto entre as mulheres a queda foi de 45%.

Quanto ao consumo de frutas e hortaliças, a pesquisa mostra que a ingestão regular destes alimentos, em cinco ou mais dias da semana, aumentou em ambos os sexos, mas o crescimento geral ainda foi menor que 17,2% no período de 2008 a 2017.

Para avaliar a obesidade e o excesso de peso, a pesquisa leva em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC). Por meio dele, é possível classificar um indivíduo em relação ao seu próprio peso, bem como saber de complicações metabólicas e outros riscos para a saúde.

O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais do país e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Assim, entre fevereiro e dezembro de 2017, foram entrevistados por telefone 53.034 pessoas em todo o Brasiç;

Ações para incentivar consumo de alimentos saudáveis

Para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país, o Ministério da Saúde adotou internacionalmente algumas metas.

Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março, em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.

Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.

Em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), o Ministério também conseguiu retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos. O país também incentiva a prática de atividades físicas por meio do Programa Academia da Saúde com mais 3.800 polos habilitados.

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