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Para evitar roubos, Pix tem novas regras; tire suas dúvidas

Redação
pix_marcello casal - agencia brasil
Limite de transações entre pessoas físicas à noite caiu para R$ 1 mil para aumentar segurança e evitar sequestros

Um crime que vem se tornando cada vez mais comum e apavora a sociedade: criminosos rendem as vítimas e as obrigam a fazer transferências via Pix pelo celular.

Com o objetivo de garantir mais segurança e evitar roubos, o Banco Central (BC) anunciou uma série de mudanças nos pagamentos instantâneos que permite a transferência e o recebimento de dinheiro em segundos.

As medidas começaram a valer no dia 4 de outubro.

Entre as mudanças está o limite máximo de R$ 1.000 para transferências por Pix, Doc e Ted, além de cartões de débito, das 8 da noite às 6 da manhã.

Pedidos para aumento de limite de Pix, Doc e Ted terão prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para serem efetivados.

Usuários podem cadastrar previamente contas para receber valores além do limite — com prazo mínimo de 24 horas, impedindo o cadastramento imediato em situação de risco.

Os bancos poderão reter uma transação via Pix por 30 minutos durante o dia e 60 minutos à noite para análise de risco, e o usuário deverá ser informado.

Outra medida obriga os bancos a manter um registro nacional com as contas suspeitas de participação em fraudes, como as de laranjas, dificultando o uso delas.

As informações bancárias relacionadas aos crimes deverão ser compartilhadas com as autoridades de segurança para auxiliar nas investigações.

“Roubos através do pix têm se tornado cada vez mais comuns e o banco não tem responsabilidade quando há um crime cometido utilizando o aplicativo, devido aos avanços tecnológicos por meio do celular é possível realizar diversas translações. Essas mudanças têm como objetivo dar mais segurança, mas ainda assim as pessoas devem estar alerta aos sinais, em caso de necessidade é fundamental procurar autoridades competentes”, apontou o especialista em segurança digital, Pedro Figueiredo.

Outras mudanças

  • Passa a ser obrigatório o mecanismo, já existente e hoje facultativo, de marcação no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) de contas em relação às quais existam indícios de utilização em fraudes no Pix, inclusive no caso de transações realizadas entre contas mantidas no mesmo participante;
  • Passam a ser permitidas consultas ao DICT para alimentar os sistemas de prevenção à fraude das instituições;
  • Usuários do Pix podem adotar controles adicionais em relação a transações envolvendo contas marcadas no DICT;
  • Usuários de arranjos de pagamentos eletrônicos podem compartilhar com autoridades de segurança pública as informações sobre transações suspeitas de envolvimento com atividades criminosas;
  • Instituições reguladas serão obrigadas a adotar controles adicionais sobre fraudes, com reporte para o Comitê de Auditoria e para o Conselho de Administração ou, na sua ausência, à Diretoria Executiva, bem como manter à disposição do Banco Central tais informações;
  • Histórico comportamental e de crédito será obrigatório para que empresas possam antecipar recebíveis de cartões com pagamento no mesmo dia.

AUMENTO NOS GOLPES

As preocupações com a segurança do Pix aumentaram recentemente. Com o roubo de celular, os criminosos conseguem pesquisar senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites.

Ao mesmo tempo em que a ferramenta facilitou as transações bancárias, aumentou os riscos de fraudes em ambientes digitais.

O número de ataques fraudulentos contra brasileiros chegou a 1,9 milhão no primeiro semestre de 2021, o que corresponde a um aumento de 15,6% com relação ao mesmo período do ano passado.

A alta foi puxada principalmente pelas ações contra pessoas de até 25 anos, que tiveram crescimento de 19,3%, de acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. A entidade estima que houve uma movimentação fraudulenta a cada oito segundos.

Para evitar cair nesse tipo de golpe, os consumidores fiquem atentos e evitem ter seus dados pessoais expostos. Além disso, devem fazer transações digitais apenas com empresas de confiança e não clicar em links desconhecidos.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orientou que vítimas de assalto ou sequestro-relâmpago obrigadas a fazer um Pix devem “registrar um boletim de ocorrência e procurar imediatamente seu banco através de um de seus canais de atendimento disponíveis para receber as orientações de como deverá proceder”.

Via Correio do Estado

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