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Saúde

Paciente com pneumonia espera transferência para hospital há 8 dias

Redação

[Via Correio do Estado]

Uma mulher de 52 anos vive um drama em busca de vaga em hospitais de Campo Grande. Ela foi internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Moreninha no último dia 16 com pneumonia grave e, desde então, busca uma transferência.

Solicitações de internação foram feitas para os hospitais Universitário, Regional, São Julião e Santa Casa, mas todos os pedidos foram negados. A Justiça foi acionada para tentar resolver a situação, mas, até a manhã desta sexta-feira (23), Viviane Fernandes dos Santos continuava na UPA.

À reportagem do Correio do Estado, o advogado da família,  Cleber Vieira dos Santos explicou ter entrado com pedido de liminar para obrigar o Estado e a Prefeitura a disponibilizarem uma vaga para Viviane. “Entrei com pedido no dia 19 e ela ainda está lá. A liminar tem que ser cumprida”, lamenta.

A decisão a que Vieira se refere é do juiz plantonista José Henrique Neiva de Carvalho e Silva. Conforme a liminar, prefeitura e o estado devem promover a “ imediata intervenção hospitalar, com suporte clínico, exames e medicamentos imprescindíveis ao tratamento da requerente, durante o tempo que se fizer necessário para garantir sua integral recuperação e, caso necessário, sua transferência para estabelecimento médico/hospitalar adequado, devendo promover sua internação e tratamento adequado, bem como a realização de exames necessários e pertinentes”. O juiz determinou ainda uma multa diária no valor de R$10 mil, limitada ao prazo de um mês.

O advogado comentou ainda que, caso a decisão não seja cumprida ainda hoje, deve entrar com outra ação na Justiça de ordem de sequestro do valor para garantir o cumprimento da decisão.

O CASO

Viviane Fernandes Santos tem asma e foi internada na UPA Moreninha na última sexta-feira (16), com pneumonia grave, fortes dores no peito, tosse e falta de ar. Ela foi medicada durante 72 horas e fez inalações, mas não apresentou melhora do quadro. Viviane respira com ajuda de aparelhos e o estado de saúde dela é considerado grave.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde sobre o caso e aguarda resposta.

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