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Saúde

Paciente aguarda em UPA há quatro dias por vaga em hospital e médicos ameaçam

Redação

[Via Correio do Estado]

Desde domingo dona Maria da Silva Dores, 67 anos, está no setor de emergência da UPA do Coophavila II aguardando uma vaga em um hospital de Campo Grande. A mulher chegou com falta de ar a unidade e possui doenças crônicas de pressão alta e diabetes. Na ocasião ela estava com o pé inchado e até hoje a situação não melhorou.

Segundo o filho da paciente, Marcelo da Silva Dores, 42 anos, os médicos afirmam que somente com uma liminar judicial garantira a vaga para a mãe. “Ela está com enfisema pulmonar esperando vaga em hospital para ser devidamente socorrida e ninguém dá a mínima para esse caso. Enquanto isso ela fica passando mal”.

O medo da família é que aconteça o mesmo com o que houve com a irmã de dona Maria. “Minha tia morreu há seis meses por causa disso aí. Ficou aguardando vaga e quando conseguiu ir para o hospital estava com o quadro agravado. Não resistiu e morreu. Minha mãe tem falado que isso pode acontecer com ela”.

Outro problema é o assédio moral dos médicos com os familiares. “Se você vai reclamar os médicos te ameaçam por desacato a autoridade”, reforçou indgnado. A situação de falta de vagas é motivo de ação civil no Ministério Público Estadual (MPMS).

A promotora de Justiça, Filomena Fluminhan, da 32º Promotoria de Saúde da Capital, já cobrou da Secretaria  Municipal de Saúde (Sesau), que os pacientes de emergência não podem ficar mais de 24 horas aguardando vaga para serem transferidos aos hospitais, como manda a lei. Mas desde então o município não consegue cumprir. A pasta responsável não respondeu a reportagem sobre a situação da paciente até o fechamento desta matéria.

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