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Operação Tapa-buraco volta em setembro

Redação

As equipes de tapa buraco e de manutenção de vias não pavimentadas de Campo Grande estão atuando desde abril deste ano com redução de 30% de pessoal por causa da pandemia de Covid-19. A medida foi implantada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) como uma forma de economizar em razão da crise. Porém, a previsão é de que até setembro isso se normalize.

De acordo com o secretário da Pasta, Rudi Fiorese, desde o início da pandemia houve essa redução, além da paralisação de algumas obras tocadas pela prefeitura. Entretanto, com o avançar dos meses as obras foram retomadas, mas o tapa buraco continuou com os trabalhos comprometidos.

“A gente deve voltar no fim de agosto, começo de setembro, com todas as equipes porque logo depois já começa a época de chuvas, e não podemos ter equipes reduzidas nesse período, que é o de maior demanda para a recomposição do asfalto”, declarou Fiorese.

Com a queda na arrecadação diária de impostos da prefeitura, que chegou a 30%, motivada pelas restrições para prevenir a disseminação do coronavírus, a administração solicitou que todas as secretarias fizessem cortes de gastos para manter a solidez nas contas públicas no momento de crise.

Essa redução, apenas na Sisep, economizou gastos em torno de R$ 1 milhão a cada 30 dias. O objetivo era reduzir R$ 20 milhões por mês somando todas as pastas da administração.

Em março, durante os dias de quarentena imposta pela administração, quando o comércio de produtos não essenciais ficou fechado por 15 dias, a queda na arrecadação diária do município chegou a 85%.

Com o início da retomada econômica, o cenário teve melhora.

Dados da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin) mostram que, nesse período, a arrecadação com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o ICMS e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) caíram cerca de 30%, já o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) teve a menor queda, de 10%. Mesmo assim, a média ficou 30% abaixo da costumeira.

Entretanto, no caso das obras tocadas com verbas do governo federal, conforme Fiorese, nenhuma sofreu mudanças porque a União não “fez sinalização de que deveria haver paralisações”.

OBRAS

Em razão da pandemia, até algumas licitações que estavam em andamento tiveram de ser paralisadas por conta da determinação do distanciamento social. Isso porque, para a abertura das propostas, alguns desses certames eram presenciais e a prefeitura havia proibido este tipo de reuniões. Por conta disso, a administração foi obrigada a paralisar pelo menos 14 licitações.

Porém, com a retomada das atividades comerciais, que começou no fim de abril, todas as disputas foram retomadas e algumas já foram concluídas, como a da reforma do Teatro Municipal José Octávio Guizzo, também conhecido como Teatro do Paço.

A MDP Construção Civil venceu a licitação da prefeitura. O serviço vai custar R$ 552,3 mil. O aviso de resultado foi publicado na edição de terça-feira do Diário Oficial da Capital (Diogrande). A prefeitura havia estimado o valor das obras em R$ 701,2 mil, o que representa economia de 21,23%.

 

Via Correio do Estado

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