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Ondas de frio antes do inverno aumentam vendas entre 10% e 35%

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Ao contrário de anos anteriores, em que a coleção de roupas de inverno ficou encalhada nas araras das lojas, em 2022, camisetas de manga longa, moletons, blusas de tricô e casacos têm sido vendidos mais facilmente, mesmo com os preços mais altos. Isso se deve à chegada antecipada do frio, já em maio, no momento em que muitas pessoas voltavam ao trabalho presencial, depois de passar dois anos em home office.

“Percebemos que a retomada da mobilidade e da participação em eventos sociais têm contribuído para a necessidade de renovar o guarda-roupa e, com isso, temos visto maior fluxo, em especial na loja física, mas também no online. Esses fatores, aliados às frentes frias que atingiram o país, têm estimulado maior procura por peças de inverno, assim como por itens mais voltados para situações profissionais e sociais, que os clientes não estavam usando tanto em função da pandemia”, diz a direção das lojas Renner.

Até agora, com menos de uma semana de inverno, que começou oficialmente na última terça-feira (21), o país já enfrentou três fortes ondas de frio, duas delas causadas por massas de ar polar: a primeira foi na semana de 11 de maio, período em que cidades do Sul registraram temperaturas abaixo da média histórica; a segunda onda de frio, causada pela passagem da primeira massa polar, aconteceu entre o fim de maio e início de junho e, além do frio, levou geadas para as regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, e chuvas fortes, seguidas por alagamentos, no Nordeste; e a terceira onda e segunda massa polar chegou por volta de 12 de junho, levando as temperaturas em algumas localidades para valores abaixo de zero.

“As temperaturas mais baixas ajudam muito os lojistas”, afirma Luís Augusto Ildefonso, diretor institucional da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping). “E se o frio for constante, a venda é melhor ainda. Uma sequência de dias com temperaturas baixas, cinco, seis dias, favorece muito o comércio, é bastante positivo. As pessoas ainda não podem renovar seus guarda-roupas, as peças estão caras e o dinheiro está curto. Então, elas só compram os artigos de que precisam mesmo, e uma sequência de dias frios faz sentir essa necessidade”, explica.

Para os executivos da Renner, o frio antecipado fez o desempenho das vendas superar os patamares pré-pandemia. “No primeiro trimestre, registramos alta de 63% na comparação com o mesmo período de 2021, e de 35% na comparação com 2019. Esta tendência se acelerou nos meses seguintes, alavancada pela boa aceitação da coleção outono-inverno, influenciada também por datas comemorativas, como o Dia das Mães.”

Segundo Ildefonso, praticamente não houve vendas nos últimos dois anos. “As pessoas não saíram, ficaram isoladas em casa, e os armários se mantiveram, porque ninguém teve a necessidade de comprar roupas novas. Mas esse invernico que aconteceu antes da entrada do inverno mostrou aos lojistas que, tendo estoque, certamente eles devem vender bem. Os dias de frio, inclusive aqueles com garoa, mostraram o aumento da procura por agasalhos, cobertores e outros produtos mais pesados”, conta.

Via R7

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