[Via Correio do Estado]

O chefe do Ministério das Obras Públicas e das Comunicações (MOPC), do Paraguai, Ramón Jiménez Gaona, anunciou que as obras em fase de construção no país, algumas próximas com a fronteira brasileira, terão continuidade com a mudança do presidente.

Na avaliação o secretário, para o bem da população, a execução das obras deve ser acelerada e não registrar, se possível, nenhum tipo de complicação. “Atualmente há trabalhos de grande escala que de alguma forma significam o progresso do país, seja na região que está sendo executada", afirmou Gaona.

No mês de maio, o governo do Paraguai fez uma proposta às autoridades brasileiras de financiar a contrução da obra de construção de uma ponte sobre o Rio Apa, no estado de Mato Grosso do Sul, no valor de US$ 6 milhões. A edificação ligará San Lázaro, no departamento de Concepción, com o Brasi.

A ponte terá extensão de 200 metros e o investimento do governo paraguaio está estimado entre US$ 6 e US$ 8 milhões, segundo cálculos do ministério do país vizinho. O Paraguai tem interesse de que essa infraestrutura seja construída o mais rápido possível para garantir sua ligação com o Brasil.

"O Governo do Paraguai quer financiar 100% a ponte porque é uma obra do nosso interesse. É estratégica", explicou o diretor de Planejamento Viário, Félix Zelaya, durante entrevista concedida para agência EFE.

A ponte sobre o Rio Apa completaria os projetos do Paraguai nessa região do país, onde já foi inaugurada a rota entre Concepción e Vallemí e agora se trabalha no trecho que unirá Vallemí com San Lázaro, onde o governo espera realizar a conexão com Mato Grosso do Sul.

Além desta infraestrutura, Gaona também tratará com o colega brasileiro a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Carmelo Peralta (Paraguai) e Porto Murtinho (Brasil), além de outras duas pontes sobre o rio Paraná.

INVESTIMENTOS

Nos últimos dias, o representante do ministério afirmou que o poder público registrou investimentos em diversas obras de infraestrutura, no valor de aproximadamente US$ 3 bilhões nos últimos 5 anos, através das quais o Paraguai conseguiu se posicionar na região.

O secretário lembrou ainda que em 2013, um relatório do Fórum Econômico Mundial classificou o Paraguai em último lugar no continente, juntamente com o Haiti, em termos de quantidade e qualidade de infraestrutura pública.

Gaona comentou que esta situação significa que durante os anos anteriores os investimentos necessários não foram feitos para levar o Paraguai adiante. "Durante estes cinco anos, investimos o que em períodos anteriores registramos em 25 anos", observou.

Para finalizar, acrescentou que o MOPC passou de um investimento histórico que não ultrapassou US $ 200 milhões em obras por ano, para um investimento que este ano chegará a US $ 1.000 milhões.