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OAB vai apurar se houve violência da Guarda contra mulheres

Redação

[Via Correio do Estado]

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) divulgou nota registrando “pesar” em relação as ações adotadas pela Guarda Municipal Metropolitana de Campo Grande, durante protesto de mulheres que aconteceu no Terminal Morenão, na última sexta-feira (15). De acordo com a OAB, a Guarda usou desproporcionalmente o gás lacrimogênio contra o movimento de mulheres trabalhadoras domésticas.

“A data de 15 de Novembro, Proclamação da República, apesar de histórica para nosso país ainda tem muitas mazelas a serem combatidas fortemente pelas Instituições Democráticas de Direito, em especial por atos de violência contra as mulheres que ainda hoje vivenciam situação de desigualdade em todas as esferas da sociedade”, diz parte da nota.

No documento a Ordem dos Advogados caracteriza a atitude dos guardas como “ato de violência contra a mulher e violação aos Direitos Humanos que corrobora a constatação de um país que está em 5º lugar em violência contra a mulher e de uma sociedade machista e patriarcal, que influencia de maneira transversal no dia a dia das mulheres do século XXI”.

A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul também se manifestou em favor das mulheres que participaram do prostesto. Em nota, a instituição informou que está a disposição para atender todas as pessoas, em especial as mulheres, que foram agredidas no Terminal rodoviário Morenão na manhã desta sexta-feira (15), em Campo Grande. "A instituição repudia toda forma de violência e comunica que receberá as agredidas e agredidos na unidade de atendimento Belmar Fidalgo, localizada na Rua Dr Arthur Jorge 779, a partir de segunda-feira, das 7h30 às 17h, para ouvir as passageiras e passageiros sobre o ocorrido e tomar as providências judiciais cabíveis".

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

A Prefeitura de Campo Grande declarou que vai abrir procedimento administrativo para apurar eventual excesso da Guarda Civil.
Tudo começou porque grupo de mulheres esperaram por uma hora ônibus que as levariam para o trabalho. Nos feriados, as linhas coletivas operam com número reduzido de veículos. O resultado foi que as passageiras fecharam o terminal Morenão e não deixavam que nenhum ônibus saísse do local.

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