Mato Grosso do Sul acompanha situação; casos de infectados e óbitos foram registrados na Bolívia em 2019 e até o momento nenhum em 2020

O chapare é um raro vírus, da família dos arenavírus, causador de febres hemorrágicas, e a transmissão ocorre através de roedores contaminados, por meio de arranhões, mordidas, contato com urina, fezes ou saliva destes animais.

No ano de 2019, a Bolívia sofreu com um surto na província de Caranavi, onde cinco pessoas foram contaminadas. Destas, três morreram, sendo dois médicos que realizavam o tratamento dos dois contaminado iniciais.

A Secretária Estadual de Saúde (SES) informou que mantém contato com o país vizinho fiscalizando possíveis contaminações, mas de acordo com as últimos dados, em 2020 nenhum caso foi notificado.

Sintomas

Parecidos com os da dengue, os sintomas do Chapare resultam em, febre, dor abdominal, vômito, sangramento das gengivas, erupções cutâneas e dor atrás dos olhos. O que leva alguns médicos a fazerem diagnósticos errôneos sobre a doença diante da semelhança com outras enfermidades já existentes. A incubação do arenavírus pode ser entre quatro à 21 dias.

Durante o encontro anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, foi apresentado a pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em parceria com a agência de pesquisa em saúde pública ligada ao Departamento de Saúde dos Estados Unidos, do Centro Nacional de Doenças Tropicais da Bolívia e da Organização Pan-Americana de Saúde, que informa a transmissão do vírus de pessoa para pessoa, através de fluídos corporais.

Segundo a pesquisa, como sangue, saliva, urina, sêmen e secreções ou o contato com objetos que tenham resquícios de fluidos de uma pessoa contaminada.

Tratamento

Com pouco número de casos registrados, ainda não se tem uma forma de tratamento específica para a doença. No entanto tratamentos são realizados para o controle dos sintomas, como fluidos intravenosos e remédios para aliviar a dor.

Mato Grosso do Sul

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) encaminhou um comunicado para a Vigilância do município de Corumbá para que a Rede de Saúde se atente para possíveis casos suspeitos que atendam à definição.

Sem nenhum caso confirmado, a SES esclarece que não tem motivo para o bloqueio da fronteira Brasil – Bolívia.

Via Correio do Estado