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Justiça

“Não tinha como Adriano atropelar ele”, disse testemunha sobre tragédia em trânsito

Redação

[Via Correio do Estado]

Vinicius Cauã Ortiz, 19 anos, contou em seu depoimento que no dia do crime Adriano Nascimento não ia atropelar o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 49 anos, conforme ele alegou em depoimento. “Adriano fez manobra, Moon estava um pouco na esquerda, na lateral da caminhonete, Moon ficou na transversal. Não tinha como atropelar ele. Adriano ficou acelerando a caminhonete, mas ele não ia atropelar o Moon”, disse. O crime, que culminou na morte de Adriano Nascimento, ocorreu no dia 31 de dezembro de 2016.

O jovem que na época tinha 17 anos, disse que em seguida, Moon foi até a direção onde estavam com a caminhonete parada e começou a discutir. “Achei estranho porque ele parou e desceu na nossa direção e começou a discutir. Meu vidro estava aberto. Moon xingou a gente, ele não falou que era policial, não lembro, ele não parecia policial, estava com uma camisa listrada”, relatou.

Sobre a arma do PRF, o jovem disse que não conseguiu ver se ele estava armado, mas que ele estava com uma lanterna e tentava olhar quem estava na caminhonete. “Eu levantei a mão e perguntei se estava discriminando porque sou negro. Quando ele apontou a lanterna pra mim, levantei a mão de novo e disse que não tinha nada na mão, nem celular na época eu tinha”, contou.

O depoimento de Moon foi apresentado às vítimas e dizia que ele achava que Vinicius segurava uma arma e que Adriano quando acelerou a caminhonete iria atropelá-lo. “Não ouvi muito o que ele (Moon) falava. Não sai do carro, meu pai desceu do carro, foi até na frente e Adriano pediu para que ele voltasse para dentro do carro.

Vinicius finalizou o depoimento contando o momento dos disparos. “Tudo aconteceu muito rápido, quando Adriano acelerou, Moon começou a disparar, com o primeiro disparo a caminhonete começou a se movimentar e bateu no poste, o tiro passou pela minha perna esquerda e direita, eu desmaiei,  estava desacordado, acordei com a voz do meu pai, fui ver com ele estava”, contou.

 BEBIDA ALCOÓLICA

A defesa de Moon perguntou sobre eles terem ingerido bebidas alcoólicas. “Paramos na casa do meu pai para deixar o celular dele carregando. Eu bebi na boate, bebi três copos de vodca na boate e duas cervejas no Botequim. Cerveja de 600ml junto com outras pessoas. Não sei se Adriano tomava remédio ou usava droga, a gente estava de boa”, finalizou.

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