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Saúde

MS terá 115 vagas para médicos que queiram substituir cubanos

Redação

[Via Correio do Estado]

Seis dias após Cuba anunciar a saída do programa Mais Médicos, o governo brasileiro lança amanhã o primeiro edital para repor os profissionais. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou que os médicos serão chamados em dezembro. Ele discursou num evento em Brasília, com prefeitos e vereadores, chamado de “Encontro dos Municípios”, do qual participou também o presidente Michel Temer (PMDB).

Segundo o ministro, no primeiro edital, serão ofertadas 8.517 vagas, disponibilizadas para 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Indígenas. Poderão participar os médicos brasileiros e estrangeiros, que tenham registro no Conselho Regional de Medicina. Em Mato Grosso do Sul serão disponibilizadas 115 vagas, sendo 104 para municípios e 11 para o Distrito Sanitário Indígena.

Os médicos devem iniciar as atividades nos municípios a partir de 3 de dezembro. A apresentação dos profissionais nos municípios será dia 7 de dezembro.

Para o presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), Pedro Caravina, o anúncio “agrada, no sentido de que demonstrou que o governo teve responsabilidade em dar celeridade ao processo de substituição dos cubanos”, mas preocupa, pois, como os médicos poderão escolher os locais onde vão trabalhar, isso poderá prejudicar as cidades menores. “Primeiro vai abrir para os médicos brasileiros com CRM, então, eles vão escolher as cidades, e qual a tendência disso? as cidades menores, mais distantes, com mais dificuldades, vão ficando para trás. Eu acho que o que vai resolver a questão é na hora que abrir a inscrição para os médicos que não tem revalida, dando um prazo para eles organizarem esse revalida”, disse Caravina.

No segundo edital, que será lançado em 27 de novembro, serão abertas vagas para brasileiros formados no exterior e estrangeiros, incluindo cubanos. Também poderão participar os médicos que não tiverem CRM do Brasil ou Revalida. Eles terão de participar do Revalida posteriormente. Enquanto não fizerem, poderão trabalhar, mas terão que apresentar 17 documentos exigidos pelo governo.

Na reunião, o ministro da saúde também informou que vem fazendo reuniões com o ministro da Educação, Rossieli Soares, para agilizar o Revalida, exame aplicado para médicos formados no exterior que pretendem exercer a profissão no Brasil.

“Estamos numa reunião, eu e o ministro da Educação, para que possamos encontrar uma forma mais rápida e eficaz de um novo Revalida, para que médicos brasileiros formados no exterior possam exercer com segurança sua profissão aqui no Brasil”, completou.

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