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MS mantém crescimento econômico e pode superar índice de 2014

Redação

[Via Correio do Estado]

Mato Grosso do Sul é um dos seis estados brasileiros que manterá a média de crescimento econômico em 2019, com chances de superar o resultado registrado em 2014 pelo Produto Interno Bruto (PIB), período em que o país entrou na pior recessão da história contemporânea.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2014 manteve-se praticamente estável em relação ao ano anterior, registrando variação positiva de 0,1%. Em valores correntes, a riqueza gerada pela economia brasileira no período atingiu R$ 5,52 trilhões (ou US$ 1,73 trilhão).

Completando a lista estão: Pará, Roraima, Mato Grosso, Santa Catarina e Rondônia. Pelos dados da consultoria responsável pelo levantamento, Tendências, em 2017 e 2018, esses Estados já tiveram um desempenho acima da média nacional. E devem continuar assim neste ano.

Em termos regionais, o Norte terá o maior avanço do PIB em 2019 por causa da recuperação de algumas áreas, como a indústria eletroeletrônica do Amazonas muito sensível ao ciclo econômico. Junto com o Nordeste, a região foi uma das que mais sofreram com a recessão econômica.

A Consultoria aponta que, no geral, quase todos os estados estão com as despesas de pessoal acima do limite de 60% e enfrentam dificuldade para pagar servidores. Mas, no caso de Mato Grosso do Sul, com crescimento maior da economia, a arrecadação tende a aumentar e dar ligeira folga aos cofres públicos.

Nos demais 20 Estados e no Distrito Federal, os novos governadores não terão o mesmo alívio. Pelo levantamento, eles terão crescimento abaixo da média nacional e não conseguirão voltar ao nível pré-crise. Alagoas, Maranhão e Sergipe são os que estão mais distantes do patamar de PIB registrado em 2014. “Em vários locais, esse nível só deverá ser alcançado em 2020 ou 2021”, diz o economista da Tendências, Adriano Pitoli, responsável pelo levantamento ‘Cenários Regionais 2019-2023’.

DIFERENCIAL

Pitoli explica que, no caso dos seis Estados, a economia foi impulsionada pelo bom desempenho do agronegócio, pela maior exposição ao mercado internacional e pela maturação de projetos de mineração, como o da Vale, no Pará.

Há ainda aspectos inusitados que devem ter impacto no PIB. É o caso do crescimento do número de imigrantes venezuelanos em Roraima – que esteve sob intervenção federal até 31 de dezembro. “Mesmo que de forma atabalhoada, há um movimento maior da economia, com mais pessoas buscando ocupação e suporte do governo federal”, argumenta o especialista.

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul devem ser influenciados pela expectativa de safra recorde de soja em 2019. A agricultura também reforçará a economia de Rondônia. Em Santa Catarina, o dólar favorável vai ajudar a indústria de carne e metalurgia.

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