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Saúde

MPF interfere para tentar resolver caos na saúde

Redação

[Via Correio do Estado]

O superintendente do Hospital Universitário (Humap-UFMS) de Campo Grande, Cláudio César da Silva e o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, participam de reunião intermediada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) - do Ministério Público Federal (MPF) no Estado -, Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves.

O encontro acontece neste momento na sede do MPF na Capital, para discutir o fechamento do Pronto Atendimento Médico (PAM) desde às 13h de ontem. O setor parou de receber pacientes por conta da superlotação. Com 26 leitos - 18 para adultos e 8 para crianças - haviam 67 pacientes no local nessa quinta-feira (16), 16 internados em cadeiras.

Hoje a quantidade de pacientes diminuiu, são 57, ainda com pessoas em macas e cadeiras nos corredores. Porém os dez que deixaram o PAM continuam no hospital, foram apenas encaminhados para leitos de internação. A dona de casa Silvania da Silva, 33 anos, chegou ao Humap ontem às 8h, transferida do Hospital Regional (HRMS). “Passei por consulta na quarta-feira no Regional, e a médica resolveu me internar.

Precisava colocar um catéter renal, mas o equipamento de lá está quebrado, por isso me mandaram para cá (Humap). Mas na verdade não tinha nem lugar para me receber”.

Ela mora em Paraíso das Águas, município a 283 quilômetros de Campo Grande, e sofre de pedra nos rins há um ano. “Eu vim para uma consulta apenas, porém precisei ser internada. Passei a noite nesta cadeira e estou aguardando. Acredito que depois q fizer o procedimento vou de volta para o Regional”.

Em nota divulgada ontem o superintendente do Humap disse ter avisado “várias vezes, diariamente” à Central de Regulação que o hospital não tinha capacidade de receber novos pacientes que “continuavam chegando da mesma forma”.

O fechamento do local, a princípio, será por período de 15 dias. “Por absoluta falta de condições de atender os pacientes que aqui estão com um mínimo de dignidade. Essa situação impede que a nossa equipe consiga realizar um atendimento com um mínimo de qualidade, além de aumentar muito o risco de os pacientes sofrerem eventos adversos graves, bem como aquisição de infecções”, disse Silva.

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