Voz do MS

Política

Movimento #AumentoNão convoca população para novo protesto na Câmara

Redação

[Via Correio do Estado]

O prefeito Marcos Trad (PSD) ainda não publicou o sancionamento ou veto do projeto de lei da Câmara Municipal que autoriza o aumento do salário dos vereadores da Capital da legislatura que começa em 2021.

O texto autoriza o teto de 75% do valor dos vencimentos dos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul. Se fosse hoje a remuneração dos parlamentares da Casa de Leis passaria de R$15.031 para R$18.892.

Também não houve posicionamento dos vereadores sobre a alteração da Lei Orgânica Municipal que vai aumentar o salário do prefeito de R$ 20.412 para R$35.462, da vice de R$ 15.309 para R$ 31.916 e os salários dos secretários de R$ 11.620 para R$30.143.

Sem respostas, a população que iniciou um movimento intitulado “#AumentoNão” nas redes sociais está ganhando força para nova mobilização. Depois de marcarem a sessão de terça-feira (11) com frases de ordem, mostrando insatisfação com os textos que vão impactar nos cofres do município os campo-grandenses iniciaram um abaixo-assinado com o intuito de reunir 10 mil assinaturas.

Até o fechamento desta matéria mais de 4 mil pessoas já haviam registrado seus nomes na petição. A ideia agora é voltar para o Legislativo Municipal na próxima sessão, terça-feira (18) para pressionar novamente os vereadores a não aprovarem o projeto de mudança da LOM e mudarem a posição da proposta que está nas mãos do prefeito e que ainda não voltou para a Casa.

A convocação está sendo feita novamente pelas redes sociais. A segunda votação deve ocorrer no início da semana que vem, às 9h, na Câmara Municipal. Dois vereadores votaram contra os aumentos no primeiro turno. Para que o projeto de lei não seja aprovado é preciso a adesão de mais quatro vereadores para que votem contra.

“Se quisermos mudanças de verdade, precisamos de um número ainda maior de cidadãos. Estamos convocando a população de Campo Grande que não aceite esse abuso, para que na semana que vem (18 ou 20), junte-se a nós na Câmara Municipal de Campo Grande para manifestar a sua indignação frente esse absurdo”, convidou o líder do Movimento Aumento Não, empresário Guto Scarpanti.

RESULTADOS

Com apenas duas sessões para o fim dos trabalhos do Executivo Municipal, os parlamentares precisam limpar a pauta e votar as duas matérias polêmicas do aumento.

O rito para o texto do aumento dos vereadores precisa ser sancionado ou vetado pelo prefeito. Após isso a matéria volta para a Câmara Municipal para decidir se concorda ou não com a decisão do Executivo.

Já o aumento do salário do prefeito, vice, secretários e procuradores precisa ser aprovado em segundo turno. Com as manifestações, alguns vereadores já mostram que estão declinando do voto a favor dos reajustes.

“Temos que repensar e dar um passo atrás. Cada um tem que saber o que vai pesar lá fora. Não posso deixar as pessoas que acreditam em mim decepcionadas com meu voto. Estou propenso a abrir mão de tudo e ouvir a voz das ruas”, afirmou o vereador Valdir Gomes (PP).

Comentários

Últimas notícias