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Motoristas continuam impedindo acessos à central da Petrobras na Capital

Redação

[Via Correio do Estado]

Cerca de 60 motoristas de aplicativos de celular continuaram, pelo segundo dia seguido, a bloquear os quatro acessos da Central de Distribuição de Combustíveis da Petrobras, na Vila Eliane, região oeste da Capital.

O manifesto é uma forma da categoria mostrar sua adesão à greve dos caminhoneiros, que chegou ao quarto dia e afeta o abastecimento de combustíveis e alimentos no Estado e em todo o País.

Nesta sexta-feira (25), dois caminhões ajudavam os carros a impedirem a entrada e saída ao local. Apesar da fala do presidente Michel Temer (MDB), de que pediria às Forças Armadas e polícias estaduais para ajudar no desbloqueio de rodovias e outros acessos fechados pelos manifestantes, os motoristas mostraram que não vão ceder facilmente.

“Não estamos fazendo nada de errado, que nos mostrem na Constituição nosso erro. Todos estão esperando por essa manifestação e espero que mais motoristas nos apoiem e venham aqui", disse um dos manifestantes, que prefere não se identificar.

O anonimato parece ser condição prioritária para que os motoristas aceitem dar entrevistas. A maioria, por medo de represálias, preferem não serem fotografados ou terem os nomes divulgados.

Mesmo assim, o apoio familiar eles já têm. Enquanto uns falam em 70% de motoristas dos aplicativos parados - apoesar do serviço estar funcionando sem anormalidades na Capital -, outros contam com amigos, esposas e pais levando alimentos e água para que permaneçam no local até que os caminhoneiros decretem o fim da guerra.

"Somos em cerca de 4 mil motoristas (de aplicativo) em Campo Grande. E a reivindicação é justa. Nossos gastos com a manutenção do carro, gasolina, está inviabilizando nossa única fonte de renda", disse um dos manifestantes.

Segundo os motoristas, apenas um caminhão teve o acesso liberado à Petrobras local, justamenet o veículo responsável por colher combustível para abastecer a frota de ônibus da cidade.

Um dos manifestantes foi além em seu posicionamento e disse que queria o apoio das empresas de ônibus que formam o Consórcio Guaicurus no protesto. "Afeta eles também, por isso defendemos que eles cobrem R$ 1 pela passagem nesse final de semana, como forma de mostrar que também defendem preços mais justos para os combustíveis", disse.

O único momento de tensão do dia foi durante a tarde, quando o helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a área. Segundo o Portal Correio do Estado apurou, a corporação fazia apenas o levantamento do locval e não pretende usar a força para desbloquear os acessos.

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