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Moradores do Dom Antônio bloqueiam BR-262 e causam congestionamento

Redação

[Via Correio do Estado]

A BR-262, em frente ao Lixão de Campo Grande está bloqueada por moradores do bairro Dom Antônio Barbosa e região. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) o congestionamento já é de 2 quilômetros em cada um dos lados da rodovia.

Além de utilizarem galhos e pedaços de madeira, as próprias famílias fazem um cordão de isolamento da via com o corpo. Os policiais estão tentando articular a negociação com os líderes do movimento para fazer a liberação da pista ao menos de forma gradual.

O líder comunitário do Conjunto José Teruel Filho, Jeferson Benites, afirma que a medida foi tomada após tentativas frustradas de reuniões com a Prefeitura de Campo Grande. Agora eles só vão encerrar a mobilização se as três principais reivindicações forem atendidas.

“Queremos que o mau cheiro seja resolvido. A região fede bosta o dia inteiro, em razão do Lixão, da Organo Oeste e de uma estação de esgoto da Águas Guariroba”, afirmou. O segundo ponto da pauta é a questão do trânsito de caminhões pesados que passam por dentro do bairro. “Onde já se viu movimento desse tipo de  veículo o dia inteiro na frente de uma creche. Olha o risco que isso representa.”

E por último, eles pedem mais iluminação pública. “Estamos abandonados e na escuridão”. O local é propício para que caçambeiros descartem entulhos de forma irregular em terrenos baldios.

Dona  Veranilce da Silva Marques, 63 anos, é uma das integrantes do bloqueio. Ela mora no Jardim Colorado e afirma que não pode receber visitas por conta do odor. “É o dia todo isso. Fica pior no final da tarde. A casa fica podre o dia inteiro e a gente chega perder até a fome.”

As 200 pessoas que realizam o bloqueiam ressaltaram que só vão desbloquear a BR se representantes da Agetran, Semadur e Emha comparecerem ao local. Junto ao grupo estão moradores do Jardim Colorado e Pênfigo, que moram às margens do córrego Anhanduizinho.

Eles receberam notificação para desocupar as residências. “Recebi a notificação há 15 dias. Moro na mesma casa há 20 anos. Ela é de alvenaria e eu pago água e luz. Queremos que a Emha acione a justiça para não sermos despejados. Se quiserem tirar a gente daqui, saímos, mas desde que coloquem em outra casa”, disse o pedreiro José Bezerra da Silva, 44 anos.

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