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Economia

Morador da Capital precisa trabalhar 110 horas para comprar cesta básica

Redação
Custo dos 13 itens do conjunto de alimentos em Campo Grande é o 10º maior entre as capitais do Brasil

Um trabalhador que recebe um salário mínimo (R$ 1,1 mil) e mora em Campo Grande precisa trabalhar 110 horas e 19 minutos por mês para comprar uma cesta básica. Essa é a constatação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), publicada na sexta-feira, que faz referência ao mês de fevereiro.

Na capital de Mato Grosso do Sul, cada cesta básica custa R$ 551,58. O preço é o décimo maior entre as capitais brasileiras.

A capital com a cesta básica mais cara do Brasil é Florianópolis (SC), com um custo de R$ 639,81, enquanto Aracaju (SE) tem a cesta mais em conta entre as capitais pesquisadas, R$ 445,90.

Mesmo sendo a décima mais cara do Brasil, a cesta básica em Campo Grande teve um recuo no preço de 4,67% em fevereiro. Foi a maior queda de preço no conjunto de itens alimentícios entre as capitais.

Apesar da queda, nos últimos 12 meses o custo da cesta básica para os moradores de Campo Grande teve um aumento de 23,84%.

Composição

Para comprar os 13 itens que compõe a cesta, o campo-grandense precisou desembolsar R$ 551,58, o que representa economia de R$ 27,04 em relação ao preço registrado em janeiro, que foi de R$ 578,62.

Apesar de registrar a maior retração, o conjunto de alimentos básicos da Capital é a 10º mais caro entre as 17 capitais onde os preços são analisados.

Conforme a pesquisa, a batata foi o item que teve redução mais expressiva no preço, de -28,94%, e puxou a deflação. O tubérculo fechou o mês de fevereiro com preço médio de R$ 3,02 o quilo.

Conforme o Dieese, a colheita das safras vêm abastecendo o mercado, e a elevada oferta faz cair o preço da batata.

Também ficaram mais baratos: tomate (-27,53%); banana (-8,86%); manteiga (-3,88%); óleo de soja (-1,61%); açúcar cristal (-1,52%); farinha de trigo (-0,81%); e carne bovina (-0,73%).

Já o feijão-carioquinha teve a maior variação no mês, de 10,23%, com preço médio de R$ 7,42 o quilo.

Outros produtos que ficaram mais caros ao consumidor foram: café em pó (3,63%); leite integral (1,15%); e pão francês (0,44%).

Para comprar o conjunto de alimentos que compõe a cesta básica, o trabalhador precisou comprometer 54,21% do salário mínimo, ou seja, a cesta básica individual custa mais do que o dobro do salário mínimo, que é de R$ 1.100,00.

A cesta básica familiar, com itens que podem suprir uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, apresentou custo de R$ 1.654,74, redução de R$ 81,12 na comparação com o mês anterior.

No ano, a cesta básica acumula retração de -4,32% em Campo Grande. Já nos últimos 12 meses, o kit de alimentos registra alta de 23,84%.

Considerando os dois primeiros meses deste ano, Campo Grande também é a capital com a maior retração no custo da cesta, seguida por Fortaleza e Aracaju, com -2,15% e -1,60%, respectivamente.

Via Correio do Estado

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