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Ministros de MS em gestão Bolsonaro não foram indicados pelo partido

Redação

[Via Correio do Estado]

O futuro ministro da Saúde, deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM), falou ao jornal Correio do Estado sobre a participação de seu partido no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Mesmo não tendo sido aliado do então candidato à Presidência da República, o DEM conquistou dois dos maiores cargos do alto escalão de Bolsonaro. Por coincidência, os dois democratas são de Mato Grosso do Sul.

Além de Mandetta, também chefiará um ministério (Agricultura) a partir do ano que vem, a deputada federal Tereza Cristina.

“Se você analisar, o presidente Jair Bolsonaro sempre se propôs a olhar não para o partido político, mas para aqueles que sintonizam com seus pensamentos. O problema é que as pessoas estão acostumadas a verem os ministérios como forma de barganha política e essa nunca foi a proposta dele [Bolsonaro]”, destacou.

Para Mandetta, o fato de ele e de sua colega de bancada serem do DEM  foi “uma mera coincidência”. “Nunca houve participação do partido nessa construção. Foi uma escolha pessoal dele [presidente eleito]”, destacou o futuro ministro, ao ressaltar ainda o pouco protagonismo de Mato Grosso do Sul no que diz respeito à comparação de colégios eleitorais de estados como São Paulo e Rio de Janeiro. “Somos de uma estado periférico, com uma bancada de oito parlamentares, então, a escolha realmente não teve nada a ver com questão política, mas sim, técnica”.

Ainda sobre o DEM, Mandetta recordou a época em que se filiou ao partido, em 2009. “Hoje é muito fácil ser de direita, mas quando o ex-presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] tinha 85% de aprovação não era tão simples. Nós éramos de oposição e vivíamos sob ameaça de que acabariam com o partido”, comentou o parlamentar, mostrando a coerência de Bolsonaro, ao indicar políticos que tenham a mesma ideologia dele.

“Seria estranho, na verdade, se a escolha dele fosse de integrantes do PCdoB. É natural que ele queira, em seu governo, políticos que sempre fizeram o contraponto da esquerda”.

Questionado sobre possível acordo com Bolsonaro durante a campanha eleitoral, Mandetta disse que já havia feito sugestões relacionadas à área da Saúde para a equipe do então candidato a presidente do Brasil, mas que nunca foi conversado ou pactuado nada sobre ministério. “Eu e o presidente eleito somos vizinhos de gabinete na Câmara dos Deputados e sempre conversamos muito a respeito dessa tema. Eu fiz umas sugestões para a equipe que estava formando, mas não pensava em ser ministro. Eu, inclusive, nem me candidatei nesta última eleição. Meus planos eram outros, com a minha família”, afirmou.

PROTAGONISMO PSL

Como membro do próximo governo, Mandetta também conversou com a reportagem sobre a rixa existente dentro do PSL (partido de Bolsonaro). Na semana passada, conversa de WhatsApp mostrou racha no partido com o embate entre os deputados federais eleitos Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann (ambos de SP).

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