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Ministério Público investiga retenções de macas do SAMU em três hospitais de Campo Grande

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Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Universitário(HUMAP) são alvos da apuração

A Promotoria de Justiça de Saúde Pública de Campo Grande, instaurou um inquérito civil que investiga possíveis irregularidades envolvendo a retenção de macas do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), nos três principais hospitais da capital.

Caso recorrente no serviço público de saúde, a superlotação é reflexo do aumento do número de emergências clínicas e de traumas, causados principalmente por acidentes de trânsito, que impactam na capacidade de atendimento nos hospitais.

Hospital Universitário

De acordo com o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian(Humap), a unidade de saúde está hiperlotada e atende pacientes acima de sua capacidade máxima.  Segundo o Humap, a Secretaria Municipal de Saúde por meio do SAMU, continua encaminhando os pacientes no local para serem atendidos.

Nesta situação, a unidade afirmou receber o paciente, entretanto,  sem leito disponível para atende-lo, sendo necessária a permanência do mesmo na maca utilizada pela unidade móvel que o paciente foi encaminhado, como solução provisória .

Em nota o hospital destaca que informa diariamente à Sesau sobre a superlotação, e reitera o pedido para que não enviem novos pacientes,  pedido ignorado, uma vez que segundo o hospital,  novos pacientes continuam sendo encaminhados pela Central de Regulação, “desrespeitando o que foi contratualizado”.

O Hospital Universitário mantém a lotação desde agosto de 2021,  em razão da pandemia da Covid-19, que se tornou o foco nos atendimento nos últimos anos, “deixando uma demanda reprimida de outros tratamentos”.

Atualmente o Humap retém seis macas do Samu sendo: quatro na área vermelha, uma na Verde, e outra sem paciente na área externa do hospital. Conforme informado pela unidade, as marcas foram retidas para que o paciente seja acomodado durante a internação.

Resposta da Sesau

Em nota a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) repudiou a prática adotada pelos hospitais de reter os materiais do Serviço Móvel de Urgência (Samu),  e que “a permanência das macas prejudica o atendimento dos pacientes que estão necessitando de um socorro imediato”, pois a unidade acaba  “presa” no hospital e não consegue atender outras ocorrências.

Desta forma, pacientes vítimas de acidente de trânsito ou qualquer outra emergência ficam sem receber atendimento, além daqueles que aguardam transferência de uma unidade de urgência para um hospital, informou a Sesau.

A Secretaria de Saúde do município também esclarece que os pacientes que estão sendo encaminhados tanto para o Hospital Regional e para o Hospital Universitário são apenas aqueles que necessitam de atendimento no qual as instituições são referências.

Em média, o Samu encaminha de 100 a 120 pacientes por dia, para todos os hospitais de Campo Grande, e reforça que “uma ambulância parada são 15 pessoas que estão deixando de ser atendidas.”

Santa Casa e Hospital Regional

Pedimos uma resposta sobre a investigação em aberto do Ministério Publico,  mas até a finalização da matéria, não recebemos o retorno do Hospital Regional e da Santa Casa de Campo Grande com relação a instauração do inquérito civil. O espaço segue aberto a esclarecimentos.

Via Correio do Estado MS

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