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Trânsito

Mês de agosto bate recorde de acidentes com mortes em Campo Grande

Redação
Na manhã de segunda-feira (30), uma motociclista morreu ao colidir com um caminhão que invadiu a preferencial; o motorista fugiu sem prestar socorro

Mês de agosto é o que mais registrou casos de homicídio culposo no trânsito em Campo Grande, como mostra estatísticas da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Só na Capital, foram registrados no portal da Sejusp oito casos. Contudo, no dia 30, houve mais uma vítima no bairro Universitário, onde uma motociclista morreu após colidir com um caminhão.

A mulher de 43 anos seguia pela rua Bernardo Guimarães, quando no cruzamento com a rua Luís Pereira, um caminhão invadiu a preferencial.

A moto bateu na traseira do veículo, que passou por cima dela. O motorista do caminhão chegou a descer para ver o que tinha acontecido, mas fugiu a pé logo em seguida, sem prestar socorro.

A esquina onde o caminhão seguia estava sem a placa de “Pare” e a sinalização no chão, apagada.

Em todo o Mato Grosso do Sul, foram 25 homicídios culposos no trânsito no mês de agosto, quando há morte decorrente de ação imprudente, negligente ou imperita.

Os outros meses com maior número de ocorrências foram junho, com 27 casos no Estado e 7 na Capital, e maio, com 26 acidentes em Mato Grosso do Sul e 4 em Campo Grande.

A pena prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para este tipo de crime é a detenção de 2 a 4 anos, e suspensão ou proibição de obter habilitação para dirigir.

Além disso, a pena é aumentada em um terço à metade, se o motorista:

  • Não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
  • Praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
  • Deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
  • No exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

No início deste mês, o Correio do Estado já havia noticiado que a volta gradativa à normalidade, com o avanço da vacinação e a consequente flexibilização das medidas oficiais de isolamento social, preocupa autoridades ligadas ao trânsito em Campo Grande.

“É real esse receio. Quanto mais veículos em circulação, mais infrações vão ocorrer e, consequentemente, maior será a quantidade de batidas também”, disse ao Correio do Estado o comandante do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPTran), tenente-coronel Wellington Klimpel.

Prevendo o aumento nas estatísticas, a corporação se organiza para incrementar a fiscalização pelas ruas da cidade.

“Vamos elevar a quantidade de blitze. Estamos muito preocupados com isso. Pedimos até ao Comando-Geral que aumente o nosso efetivo”, revelou Klimpel.

O BPTran conta, atualmente, com cerca de 80 agentes. Para dar conta de um possível aumento futuro de acidentes, o comandante acredita que pelo menos mais 30 agentes seriam suficientes.

“Nós já estamos fazendo operações para minimizar as estatísticas, mas, com o aumento no fluxo de veículos, vamos ter de trabalhar de uma outra forma para minimizar os efeitos no trânsito dessa retomada nas rotinas dos cidadãos”, afirmou.

Via Correio do Estado

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