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MDB encontra dificuldades em conseguir mulheres para chapa

Redação

[Via Correio do Estado]

Com o fim das coligações nas chapas proporcionais os partidos se organizam para conseguirem o maior número de candidatos a vereadores para as eleições municipais de 2020, porém a grande dificuldade é conseguir os 30% de mulheres para compor as chapas. Com o MDB não é diferente, o presidente regional do partido e ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, disse que pretende lançar uma chapa de 58 nomes  para concorrer na Câmara Municipal de Campo Grande, porém a agremiação conta apenas com 11 candidatas e precisa de 18.

No pleito de 2012 o partido elegeu sete vereadores, a sigla estava a frente da Prefeitura Municipal de Campo Grande há 16 anos consecutivos, sendo oito de Puccinelli e oito do atual senador Nelson Trad (agora PSD)  e tentava se manter no Executivo com o ex-secretário de Obras do governo Puccinelli, Edson Giroto. Foram eleitos, Paulo Siufi, Edil Albuquerque, Jamal Salem, Grazielle Machado, Carla Stephanini, Mário Cesar, Vanderlei Cabeludo, porém em 2016 sem candidatura própria ao Executivo o partido conseguiu apenas dois vereadores eleitos, Dr. Loester e Wilson Sami.

Puccinelli que não deve continuar como presidente do partido no ano que vem, destacou a dificuldade de conseguir nome. “Eu vou andar com título e sem título. Eu gostaria que tivesse mais gente trabalhando. Eu vou ajudar aqui em Campo  Grande. Em Dourados tem uma chapa forte de vereadores, ficam perguntando muito de candidatos a prefeito, mas o que o Renato (Câmara - deputado estadual) pensou e eu copiei é que tem que ter uma chapa forte de vereadores. Precisa de um número mínimo de candidatas. Mulher não quer em nenhum lugar, aqui (em Campo Grande) nós temos 11 das 18 mínimas que precisamos”, destacou.

Se o partido não conseguir o número mínimo de mulheres para a chapa, precisa diminuir o número de homens.
Umas das principais lideranças femininas dentro do partido e ex-vereadora, Carla Stephanini, ainda não definiu se deve ou não concorrer novamente a uma vaga na Câmara Municipal. “Ainda não me define, mas de qualquer forma sou uma mulher que incentiva. Estou pensando. É uma questão pessoal, ainda não decidi. É uma avaliação própria”, ressaltou durante a convenção do MDB.

Ela destacou que entristece  o fato de Mato Grosso do Sul não ter deputadas estaduais e  Campo Grande ter apenas duas vereadoras. “A única assembleia do País que não tem mulheres é a nossa. Em Campo Grande temos apenas duas vereadores, isso demonstra a sub-representação das mulheres na política, mas também demonstra que a de se ter um engajamento e responsabilidade partidária no sentido de democratizar os partidos para as mulheres”.

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