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Mato Grosso do Sul tem 153 mil pessoas sem trabalho, com 11,4% de desocupação

Redação
No Estado há 1,17 milhão de pessoas ocupados, segundo o IBGE; renda média é de R$ 2,5 mil

Mato Grosso do Sul tem 153 mil pessoas sem trabalho, indica a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desocupação no Estado, contudo, está abaixo da verificada na média nacional. Enquanto no Brasil a taxa de desocupação é de 14,6%, volume recorde na série histórica, com 14,1 milhões de pessoas sem trabalho, em Mato Grosso do Sul, a taxa de desocupação no segundo trimestre deste ano foi de 11,5%, levemente acima dos 11,4% do trimestre anterior.

Apesar do bom desempenho quando comparado ao índice nacional, e também com o fato de ostentar saldo positivo de contratações neste ano de pandemia, os números do Estado ainda são menores que o terceiro trimestre de 2019, quando somente 7,5% da força de trabalho ativa do Estado estava desocupada.

Em números absolutos, no terceiro trimestre deste ano, Mato Grosso do Sul tinha 2,21 milhões de pessoas de 14 anos de idade ou mais e, destas, 1,32 milhão integravam a força de trabalho do Estado, sendo que 1,17 milhão estavam ocupadas, e outras 153 mil estavam desocupadas.

Os números da PNAD contínua do IBGE são aferidos de forma diferente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indica saldo positivo de 11,7 mil vagas de trabalho neste ano.

Caged verifica somente empregos formais e de carteira assinada, enquanto a PNAD é mais abrangente, e caracteriza como ocupação também as atividades empresariais e também de pessoas que atuam no serviço público.

No comparativo com outras unidades da federação, Mato Grosso do Sul tem a sétima menor taxa de ocupação do Brasil, está atrás de Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%), Paraná (10,2%), Rio Grande do Sul (10,3%), Pará (10,9%) e Rondônia (11,4%).

Informalidade

A PNAD Contínua do IBGE também aferiu outros indicadores socioeconômicos para o terceiro trimestre deste ano, como a taxa de informalidade.

Dos 1,17 milhão de trabalhadores ocupados no Estado, 36,6% estão na economia informal: não têm carteira assinada, não têm empresa ou microempresa, ou não são servidores públicos.

Em números absolutos, são 428 mil trabalhadores informais no Estado, dois mil a menos que os 430 mil do segundo trimestre deste ano.

Quanto comparado com outras unidades da federação, Mato Grosso do Sul tem a sétima menor taxa de informalidade. Estão melhores classificados Santa Catarina (26,9%), Distrito Federal 28,6%), São Paulo (29,1%), Paraná (30,3%), Rio Grande do Sul (30,9%) e Rio de Janeiro (34,2%).

Trabalhadores pessoa jurídica

No segundo trimestre, 277 mil pessoas estavam trabalhando por conta própria no Estado, redução de 3,3% em relação ao trimestre anterior. Dentre os trabalhadores por conta própria, 73 mil são empregadores, queda de 9,9% neste segmento em relação ao segundo trimestre de 2019.

Desalento

O número de desalentados no Estado é bem menor que o porcentual no Brasil. Enquanto a média brasileira de desalentados é de 5,7%, em Mato Grosso do Sul o porcentual é de 3,2%

Rendimento médio

O rendimento médio em Mato Grosso do Sul no terceiro trimestre deste ano foi o sétimo maior do Brasil. No Estado, cada trabalhador ganha em média R$ 2.536,00, o valor é 1,3% superior ao do trimestre anterior: R$ 2.503,00, e 6,8% maior que em relação ao mesmo período de 2019 (R$ 2.375,00).

O maior rendimento médio do Brasil é do Distrito Federal: R$ 4.268,00.

Via Correio do Estado

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