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Malha Oeste será licitada em setembro

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Trecho ferroviário que liga Corumbá a cidade de Mairinque, estado de São Paulo e se estende até o Porto de Santos

A relicitação da Malha Oeste, ferrovia que atravessa Mato Grosso do Sul de leste a oeste, deve ocorrer no próximo mês de setembro. A informação foi adiantada na tarde desta quarta-feira (22), pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.

Quem garantiu para Verruck que a ferrovia, ainda sob concessão da Rumo Logística, e que está sucateada desde a década passada, foi o Ministro dos Transportes, Marcelo Sampaio.

Conforme revelou Verruck, a fase se consulta pública para a Malha Oeste ocorrerá no mês de julho, e a concorrência (relicitação do trecho), em setembro próximo.

A revitalização da ferrovia é uma demanda do setor produtivo do Estado para destravar a logística local.

“O ministro (Marcelo Sampaio) nos garantiu que em julho teremos a consulta pública, e em e setembro teremos a  publicação do edital da nova Malha Oeste”, disse o secretário. Segundo ele, o investimento apoia logisticamente a exportação de celulose “projeto tem mudado a realidade de Mato Grosso do Sul”, salientou Verruck.

Um estudo da Empresa Brasileira de Logística (EPL) apresentado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) ainda em 2021 apontou que o investimento privado necessário para reativar o ramal de 1.765 km é de R$ 14,9 bilhões, distribuídos ao longo de 15 anos.

O levantamento fez parte do indicativo de carteira de projetos potenciais necessários para viabilizar a logística na fronteira Brasil-Bolívia.

De acordo com Verruck, a reativação da Malha Oeste é uma alternativa para os problemas encontrados atualmente na BR-262, pontuou o secretário.

“A grande maioria aqui sabe dos grandes problemas que temos na BR-262, queremos efetivamente, ampliar, duplicar, criar novos canais. É inconcebível para o estado que tenhamos que levar aproximadamente mais de mil caminhoes carregados de celulose (vamos chamar assim) aos portos de Santos através do sistema rodoviário”, destacou o diretor da Semagro.

No último dia 26, Verruck disse ao Correio do Estado que as obras seriam relicitadas “ainda neste ano”. “Se ela [licitação] der deserta, a legislação permite que a gente vá para o regime de autorização. A princípio não há nenhum impedimento, até porque temos uma pressão de demanda. A Suzano solicitou autorização de um trecho, se sair a Malha Oeste ela não fará o trilho. A Eldorado a mesma coisa”, disse o secretário no período.

Antiga Malha Oeste

Antiga Noroeste do Brasil, a Malha Oeste tem 1.923 km de extensão, ligando Corumbá a Mairinque (SP) e Campo Grande a Ponta Porã. Entre as principais cargas que seriam escoadas com a reativação da linha estão grãos, minério e celulose.

A demanda é de, pelo menos, 74 milhões de toneladas para serem transportadas, segundo o governo do Estado.

Os ramais ligam: Ribas do Rio Pardo a Inocência, na Ferronorte (Suzano); Três Lagoas a Panorama (SP), na Malha Paulista (MRS Logística); um contorna a cidade de Três Lagoas (Suzano); e dois deles ligam Três Lagoas a Aparecida do Taboado (também na Ferronorte) e foram solicitados pela Suzano e a Eldorado.

Via Correio do Estado MS

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