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Lojas do Grupo Bigolin voltam a funcionar nesta sexta-feira

Redação

[Via Correio do estado]

Após o Desembargador Vilson Bertelli suspender a decisão judicial que determinou falência das cinco lojas do Grupo Bigolin na semana passada, as lojas voltaram a funcionar nesta sexta-feira (22) em Campo Grande e no interior do Estado. Com 20 minutos de atraso, a loja matriz localizada na Rua 13 de Maio reabriu e os funcionários estiveram no hall de entrada para receber até então os poucos clientes que ali esperavam para fazer as compras.

Foi o caso do jardineiro Gidelzio Pereira, de 64 anos, que ficou sabendo que a loja ia reabrir e chegou cedo para ver os preços da telha branca de vidro. “Nessa loja eu compro pouco, geralmente vou perto da minha casa, mas essa é mais completa, enquanto estava fechada comprei em outros lugares, mas essa loja é muito boa”, contou.

O professor Dolvair Pascoal, de 60 anos, chegou às 7h50 para comprar uma cola de papel de parede. “Eu cheguei mais cedo para comprar um material e levar para a escola, eu fiquei sabendo ontem que estava fechada, mas mesmo assim vim tentar comprar, eu sempre compro aqui, são materiais de boa qualidade eu nunca tive problemas”, disse.

A gerente de marketing Mirim Bigolin disse ao Correio do Estado que mesmo quando a loja estava fechada, os colaboradores entraram em contato com todos os clientes para informar sobre a situação e que todos os materiais serão entregues a partir de hoje. “O apoio dos nossos clientes foi essencial nesse momento, o grupo é muito grato pela compreensão, hoje vamos abrir normalmente até às 18h, vamos manter os preços e queremos trabalhar com mais intensidade por mais 70 anos”, finalizou.

DECISÃO SUSPENSA

De acordo com o desembargador Vilson Bertelli, era importante que as lojas voltassem a funcionar devido a importância social, bem como a entrega de produtos comprados por clientes. Isso porque, no decreto de falência, as lojas eram proibidas de entregar mercadorias aos consumidores que já tinham adquirido os produtos. Alguns clientes chegaram a entrar na Justiça, ontem (21), para tentar receber os valores da empresa.

CRISE
Com um montante incial de R$ 54,7 milhões em dívidas, a Bigolin ingressou com pedido de recuperação judicial em março de 2016. Segundo nota divulgada pela rede na época, o processo de recuperação tinha como objetivo de ajudar a superar “a crise econômico-financeira da empresa, para garantir a manutenção da sua capacidade produtiva, dos empregos e dos interesses dos credores, promovendo a sua preservação, a sua função social e o estímulo à atividade econômica”. No ano passado, a dívida chegou a R$ 88 milhões com base nos relatórios, de acordo com o administrador judicial José Eduardo Cury, da Pradebon & Cury Advogados Associados.

O GRUPO
A Bigolin nasceu no Rio Grande do Sul em 1955 e está em Mato Grosso do Sul desde 1982, contando com unidades espalhadas também por São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Até 2016, a rede mantinha seis lojas abertas no Estado, quatro delas na Capital. Duas delas, situadas no Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande, e a outra em Ilha Solteira (SP), foram fechadas logo após a apresentação do pedido de recuperação judicial.

Além da empresa Bigolin Materiais de Construção Ltda., também fazem parte da rede a Ângulo Materiais de Construção e Serviços Ltda., Casa Plena Materiais de Construção Ltda., D&D Comércio, Construção e Serviços Ltda. e Nara Rosa Empreendimentos Imobiliários Ltda.

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