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Capital

Liberação de importações pela Capital aumenta 24,6%

Redação

[Via Correio do Estado]

Ainda que de forma incipiente, empresários com negócios em Campo Grande começam a descobrir as facilidades de se fazer o desembaraço aduaneiro de insumos, equipamentos e produtos comprados no exterior sem sair da capital sul-mato-grossense. As operações de liberação de mercadorias são realizadas desde 2015 por meio do terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Campo Grande e, somente de janeiro a abril deste ano, a movimentação de exportações no local teve crescimento de 24,6% em comparação com o mesmo período de 2018, de acordo com dados da Infraero, responsável pela administração do terminal. Nos primeiros quatro meses deste ano, as cargas em operações de importação somaram 413,7 toneladas, diante de 331,8 toneladas em 2018.

As importações feitas por empresas responderam por 100% do desembaraço aduaneiro realizado no local neste ano – em 2018, a participação foi de 99,6%. De acordo com informações do Departamento de Comércio Exterior (Comex) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), que orienta e auxilia empresas no processo de recebimento de mercadorias de outros países, a vantagem para o empresário que opta por fazer a liberação de mercadorias pelo terminal da própria capital apresenta a vantagem de trazer uma agilidade maior à retirada do produto, no caso do empresário, e de contribuir para a arrecadação, no caso do Estado.

Entre os empreendedores atendidos pelo departamento e que utilizaram as operações do terminal, está o empresário da Flint Produtos Ópticos Dicelio Lani. Ele atua desde 1986 como distribuidora e, desde 2015, transformou-se em indústria para atender óticas de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre com lentes multifocais feitas com a mais alta tecnologia digital das marcas Kronus, Digitec, Varilux, entre outros produtos. Em abril, Lani realizou, em Campo Grande, o desembaraço de um equipamento importado da Alemanha, que proporcionará autonomia no  processo de industrialização, mais agilidade na entrega do produto e melhor controle de qualidade das lentes oftálmicas.

“Com a aquisição desses equipamentos, colocamos Mato Grosso do Sul no ranking da mais alta tecnologia existente no mercado mundial na produção de lentes oftálmicas com tratamento antirreflexo. Foi por meio da Associação Comercial que tomei conhecimento de que existia a possibilidade de fazermos o desembaraço via Infraero de Campo Grande, que fez todos os trâmites legais na nacionalização das máquinas importadas. Tive uma agradável surpresa com a agilidade dos fiscais da Receita Federal e com a Diretoria da Infraero de Campo Grande na liberação das mercadorias em tempo recorde, uma vez já fiz outras importações e o tempo médio da liberação em outros Estados gira em torno de duas semanas ou mais”, contou o empresário.

De acordo com informações da coordenadora do Comex, Raphaela Bandeira, o departamento da ACICG oferece diversos produtos e serviços para empresários que precisam importar ou que têm interesse em exportar seus produtos. Entre eles estão programas de internacionalização, assessoria para importação e exportação, missões internacionais e eventos como workshops, conferências, cursos, clínicas e treinamentos e para participar, basta ser associado.

“O Comex tem como objetivo sensibilizar as empresas de Campo Grande com potencial de internacionalização, para que deem o primeiro passo, e orientar aquelas que necessitem de apoio para concretizar seus processos de importação e exportação, fazendo as pontes entre parceiros e associados e garantindo o sucesso das operações por meio das conexões confiáveis criadas com base na rede da ACICG”, enfatizou.

Programa tem objetivo de estimular comércio exterior  

O Programa de Promoção da Internacionalização e Comércio Exterior (Progiex) é um dos produtos oferecidos pelo departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial e tem por objetivo estimular a participação de empresas na dinâmica do comércio exterior, ativando e desenvolvendo seu potencial no mercado internacional, bem como aumentando a densidade e intensidade do tecido empresarial nas vendas totais, gerando processos de rentabilidade, competitividade econômica, empresarial, fortalecimento do processo de desenvolvimento econômico territorial, promoção de processos de diversificação produtiva e liderança territorial.

“O Progiex não promove apenas o estudo das empresas. O projeto conhece seus gerentes, seus executivos, seus trabalhadores. Nós trocamos anseios, desejos e aspirações, conhecemos os produtos e serviços, conhecemos os mercados de interesse, sabemos das suas capacidades e as lacunas que, em conjunto, vamos resolver e superar, e vamos fazê-lo com o melhor que temos, com o reforço do talento do capital humano, com os fatores de competitividade e produtividade que as empresas disponibilizaram ao Progiex”, finalizou a coordenadora do Comex.

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