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Meio Ambiente

Lago do Parque das Nações começa a ser reabastecido

Redação

[Via Correio do Estado]

Após cinco meses fechado para o processo de desassoreamento do lago maior do Parque das Nações Indígenas, finalmente o lago está sendo reabastecido e a população já pode acompanhar esse processo de restauração do parque que é considerado um dos cartões postais de Campo Grande. A partir de hoje, o lago precisa de pelo menos 48h para ser preenchido totalmente.

Fechado para visitação desde 11 de junho deste ano, o Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena, foi reaberto nesta quinta-feira (10), véspera de feriado. Segundo informado pelo Secretário Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a reabertura será temporária, já que é preciso obras nos Córregos Joaquim Português e Réveillon, para evitar o desassoreamento futuro do lago.

As medidas para as obras no parque foram anunciadas depois de comoção gerada entre os mais de 2 mil frequentadores do Parque, pelo temor de que o lago desaparecesse, já que um grande banco de sedimentos se formou em um dos principais cartões postais da Capital.  O processo de desassoreamento necessitou da secagem do lago e, com isto, alguns peixes acabaram morrendo, mesmo com a transferência natural de alguns dos animais para um lago menor. Verruck garantiu que os peixes maiores, que foram retirados, só voltam quando as obras de reforço no gabião forem concluídas.

TRABALHO

Inicialmente a retirada de sentimentos do lago seria concluída apenas em outubro. Mas acabou ocorrendo no mês de agosto, na tentativa da prefeitura de entregar a intervenção como parte das ações comemorativas aos 120 anos de Campo Grande. Porém, a conclusão do serviço acabou não ocorrendo.

No total foram retirados 135 mil metros de areia, numa operação que exigiu 12.500 viagens de caminhão até o local de descarte, nos fundos do Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua (Cetremi), no Parque dos Poderes. Sobrou apenas o piso compactado do lago (que tem de 3 a 5 metros de profundidade), que não pode retirado porque está sobre um solo brejoso natural. Os filetes de água em toda sua extensão compõe o leito natural do Córrego Prosa.

Do lago principal, que se espalha por 5 hectares, foram retirados aproximadamente 115 mil metros de cúbicos de areia, o que exigiu 11 mil viagens de caminhão. O trabalho no lago menor, iniciado dia 11 de junho,  terminou duas semanas depois, dia 25. Foram retirados 15.474 metros cúbicos de areia, exigindo 1.500 viagens de caminhão.

A recuperação dos lagos do  Parque das Nações Indígenas exige investimento de R$ 8 milhões, recurso da prefeitura (R$ 5 milhões ) e do Governo do Estado (R$ 3 milhões).  O projeto inclui a construção de um piscinão no Córrego Réveillon, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima; obras de controle de erosão e recomposição vegetal das margens do Córrego  Joaquim Português; e implantação de uma comporta de regulação do nível do lago, tão logo o desassoreamento esteja concluído.

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