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Jovens tiveram mais sucesso na busca por empregos em MS em ano negativo de vagas

Redação

[Via Correio do Estado]

Jovens de até 30 anos e com maior grau de instrução tiveram mais sucesso na busca por um emprego, enquanto que pessoas mais velhas e com menos qualificação estão entre os desempregados. Este é o cenário em Mato Grosso do Sul que registrou no ano passado o fechamento de 6.561 vagas de emprego em 2017, de acordo com dados divulgados ontem pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Conforme dados compilados pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) no acumulado dos últimos 12 meses, houve recuperação do setor industrial iniciada em dezembro de 2015, embora o segmento tenha fechado 4.749 vagas, sendo 508 na Indústria e 4.241 vagas a menos na Construção Civil.

O titular da Semagro, secretário Jaime Verruck destaca que apesar da sazonalidade da Construção Civil é evidente de que é necessário um mecanismo de retomada do setor. “Há uma proporcionalidade dessas vagas muito intensa no percentual da economia, por isso é necessário ter uma política de longo prazo para a retomada da Construção Civil, para termos sinais positivos no país da questão de mão de obra”.

No acumulado dos últimos 12 meses, quase todos os grandes setores apresentaram comportamento de fechamento de postos de trabalho, exceto pelo comércio que gerou 223 vagas a mais. A agropecuária fechou 911 vagas nesse período, mas se destaca em termos de tecnologia.

Considerando dados detalhados é possível verificar que considerando o grau de instrução o maior percentual de fechamento de vagas está entre os trabalhadores com fundamental completo (-2.990) e incompleto (-1.694). Enquanto que entre os que têm curso superior incompleto foram geradas 601 vagas de trabalho.

“As pessoas com menor instrução não conseguiram concorrer a um emprego com as mais qualificadas. Fica evidente que o maior nível de redução das vagas formais ocorreu onde há instrução mais baixa e isso acende um alerta para que a gente faça um processo de educação formal”, destaca o secretário.

Os homens foram os que mais perderam emprego (-3.652) em relação as mulheres (-2.909) e considerando a faixa etária foi maior o percentual de desemprego entre os trabalhadores a partir de 30 anos. Os números mostram que foram geradas 10.600 vagas entre as pessoas até os 24 anos.

A crise nos frigoríficos que demandam mão de obra menos qualificada também impactou no total, além do término de grandes obras, como a segunda unidade da Fibria. “Há um peso significativo de vagas de trabalho perdidas entre os trabalhadores com mais de 30 anos. A vaga do jovem geralmente é menos remunerada, mas fica claro que quem conseguiu emprego foram os jovens de até 30 anos e com grau de instrução mais elevado”, disse o secretário.

Os dados concluem que em 2017 o homem com baixa instrução e da construção civil foi o mais afetado pelo desemprego. “Os números sinalizam uma série de desafios em termos de desenvolvimento econômico e cabe a nós melhorar o número de  anos de estudos dos trabalhadores sul-mato-grossenses para que eles possam concorrer a essas vagas”.

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