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“Isso é obrigação”, diz Trad sobre contrapartida do Estado em obras

Redação

[Via Correio do Estado]

Questionado sobre o apoio do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), se as obras de estruturação de Campo Grande são uma contrapartida da ajuda que o prefeito Marcos Trad (PSD) deu na campanha de 2018, o chefe do Executivo foi categórico em dizer que é uma obrigação da administração estadual devolver os impostos cobrados.

A fala de Trad surge em meio ao racha dentro da Executiva do PSDB-MS porque a maioria é contra Reinaldo apoiar a reeleição de Marcos em 2020. O prefeito já negou diversas vezes o acordo possivelmente feito em 2018, mas o governador e o presidente do partido no Estado, Sérgio de Paula, afirmam que houve.

Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, Trad teria declarado ser favorável à reeleição de Azambuja em 2018 para que em 2020 o tucano retribuísse o ato.

Questionado sobre as contrapartidas do governo, Marcos reforçou que não tem acordo político, e sim administrativo. “Volto a repetir, apenas administrativo. Por mais que vocês [imprensa] queiram aliar politicamente eu e o Reinaldo, não há combinado,  não há acordo, não há negócio”.

Durante sua fala, o administrador de Campo Grande e pré-candidato à reeleição disse ainda que Azambuja está fazendo apenas sua obrigação como governador de Mato Grosso do Sul. “Parceria administrativa, lógico, o dinheiro dos campo-grandenses vai para o cofre do Estado, ele tem que devolver. Isso é obrigação, obrigação do governador de devolver os impostos aos seus munícipes”.

Conforme os bastidores, o fato de Marcos não defender politicamente Azambuja é um dos principais motivos para que a maior parte da Executiva tucana no Estado seja contra a aliança para o pleito do ano que vem, porém, ele destacou que “o governador Reinaldo  tem feito isso (investimentos) não apenas para Campo Grande, mas para os 79 municípios. Ele não tem um olhar de rancor para aqueles que apoiaram o Odilon, ele dividiu igualitariamente e Campo Grande tem uma proporção de 33% porque dentro do Estado ela representa 33%”, citando o adversário de Azambuja no segundo turno, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira.

Trad emendou dizendo que, caso não houvesse essa parceria entre os poderes do Estado e da Capital, ele iria cobrar quem quer que fosse. “A parceria administrativa tem que continuar, fosse o governador de qualquer partido, eu estaria cobrando”.

RACHA 

Conforme noticiado na edição de ontem do Correio do Estado, ao menos cinco dos 16 integrantes da Executiva estadual do PSDB são contra o apoio, porém, a reportagem de hoje apurou que apenas o presidente Sérgio de Paula e Reinaldo Azambuja falam em manter o compromisso.

Os deputados federais Beto Pereira e Rose Modesto, o estadual Rinaldo Modesto, o prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina, e o secretário de Saúde, Geraldo Resende, teriam expressado para candidatura própria do PSDB.
A executiva do PSDB em Mato Grosso do Sul é composta por 16 pessoas, porém, 15 têm direito a voto, e o presidente, Sérgio de Paula, vota apenas em caso de empate.

Além dos parlamentares já citados, fazem parte do grupo o governador Reinaldo Azambuja; os deputados estaduais Paulo Corrêa, Marçal Filho, Felipe Orro e Onevan de Matos; a deputada federal Bia Cavassa; Dirceu Lanzarini, Rogelho Massud Junior, Eraldo Jorge Leite e o presidente de honra Ruben Figueiró, que não tem direito a voto.

O PSDB tem ao menos quatro possíveis candidatos para disputar a prefeitura de Campo Grande, sendo eles o secretário especial de Governo, Carlos Assis, os deputados federais Rose Modesto e Beto Pereira e o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha.

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