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Educação

Instituições temem fechamento de escolas especiais após corte do Fundeb

Redação

[Via Correio do Estado]

Instituições estaduais de Mato Grosso do Sul que atendem pessoas com deficiência temem o fechamento de escolas por não conseguirem manter os alunos após o anúncio de corte de 30% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) por meio do Governo Federal na semana passada. Atualmente 3.578 alunos especiais estão matriculados nas instituições de responsabilidade do estado e 4.664 fazem parte de instituições conveniadas.

De acordo com a presidente da Pestalozzi, Gyselle Saddi Tannous, a instituição ficou sabendo do corte na semana passada através da Secretaria Estadual de Educação (SED). “Recebemos essa notícia preocupante, o fundo já não é suficiente para manter os alunos, os voluntários têm que correr atrás de ? para cobrir o custo total por  aluno. Nosso medo é não conseguir manter as vagas nas escolas, não temos como manter tudo do nosso bolso. Não estamos pedindo que aumente, só queremos que mantenha o repasse”, disse.

O anúncio de corte levou representantes e pais de alunos a procurar mais explicações do Governo do Estado. O tema foi debatido na tarde desta terça-feira (28) em audiência pública na Assembleia Legislativa. A proposta da reunião foi do deputado estadual Pedro Kemp (PT), presidente da Comissão de Educação da Casa. Outros temas como a situação dos professores e calendário escolar diferenciado também foram discutidos durante a audiência.

Tatiana da Silva é mãe do Caio de 8 anos que tem pré autismo. Atualmente ele estuda na Associação Horizonte do Lar do Trabalhador durante o dia inteiro e também faz terapia. Sem ter onde deixar o filho, a dona de casa está indignada com a atual situação. “A escola é super importante, fico mais tranquila porque sei que tem professor que vai dar atenção para ele, coisa que na escola regular não tem. Se a escola fechar, o desenvolvimento dele vai parar, não consigo trabalhar com ele como os professores. Não sei o que fazer sem a escola”, contou.

Coordenadora de Políticas para a Educação Especial, Adriana Baitendorf, usou a palavra e disse que o Governo do Estado precisa cumprir a legislação que vem do Governo Federal.

CORTE
Na semana passada, o ministro da Educação Abraham Weintraub, disse que não haverá corte no orçamento das universidades e instituições de ensino federais, mas sim um contingenciamento. O ministro afirmou que o recurso poderá voltar a ser liberado se a reforma da Previdência for aprovada e se a economia do país melhorar no segundo semestre. O ministro disse ainda que o governo fez a opção pelo contingenciamento para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e disse apostar na retomada da economia.

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