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Inspirado em projeto social, especial “Mães do Brasil” reforça poder feminino em meio ao caos da pandemia

Redação
A produção foca em seis mulheres que batalham para garantir o sustento de suas famílias.

A vontade da Globo em buscar novas parcerias e possibilidades ficará muito nítida durante a programação especial que finaliza o ano de 2021.

Reverberando a situação crítica provocada pela pandemia nos últimos dois anos, o título que inaugura a faixa de especiais de fim de ano da emissora é o “Mães do Brasil”, que tem exibição prevista para o dia 1º de dezembro.

Primeira parceria entre a Globo e as produtoras Favela Filmes e KondZilla, a produção de tom documental conta a história de seis mulheres que batalham diariamente para garantir o sustento de suas famílias.

Além disso, destaca quão fundamentais são as redes de apoio desenvolvidas nas regiões periféricas do país.

“São seis mulheres que, com seus testemunhos inspiradores, representam o Brasil e sua diversidade. São cenas que ajudam a gente a entender a importância da figura feminina que está à frente de tantos lares brasileiros”, destaca o diretor John Oliveira.

As vivências inspiradoras dessas chefes de família, a maioria solteiras, mobilizadas pela vontade de realizar seus sonhos e, sobretudo, pelo amor a seus filhos, formam um mosaico que têm em comum a luta pela sobrevivência aliada a ações de solidariedade, que as ajudaram em um cenário que se tornou ainda mais difícil com os contrastes evidenciados pelo coronavírus.

“O especial mostra a potência que são essas mulheres e a grandiosidade do amor que carregam em tempos tão difíceis. Ao mesmo tempo em que fazem de tudo para que nada falte em casa, elas também estão unidas pelos sonhos que cada uma carrega de uma vida melhor. É uma força maior que tudo”, ressalta a codiretora Kelly Castilho.

Com roteiro assinado por Maria Shu, a ideia do especial “Mães do Brasil” surgiu de uma contrapartida social urgente: o projeto “Mães da Favela”, promovido pela CUFA – Central Única das Favelas. Com a crise econômica instaurada, a iniciativa teve a missão de distribuir cestas básicas para as mães das favelas brasileiras durante a pandemia.

Só no ano passado, o fundo solidário arrecadou mais de 40 mil toneladas de alimentos, atendendo a mais de 3 de famílias, de 5 mil favelas de todo o país.

Gravado entre setembro e outubro deste ano, o especial mergulhou no cotidiano das comunidades e reforça a importância das redes de apoio que fazem a comida chegar às mesas dessas famílias.

“O projeto surgiu da necessidade de se fazer uma grande ação humanitária diante da tragédia. A distribuição de cestas básicas, e outras atitudes, como transferência de renda, fez a gente perceber que, para além do sofrimento, havia potência e resiliência ali”, avalia Celso Athayde, fundador da CUFA e da Favela Filmes.

Produtora reconhecida por representar artistas da periferia e se destacar no mercado de música popular atual, a KondZilla domina a estética urbana e encanta o público jovem ávido pelas redes sociais.

É por essa lente próxima das comunidades e do que há de mais contemporâneo no audiovisual atual que o “Mães do Brasil” capta o riso e o choro de Loanda Rufino, 54 anos, mãe de três filhos e moradora de Nova Sepetiba, Rio de Janeiro; Rosimeire Miranda, 26 anos, mãe de três filhos, da Comunidade do Hiléia, em Manaus; Liane Pereira, 38 anos, seis filhos, da Comunidade do Senai, em Vila Esperança, Rio Grande do Sul; Aline Souza, 44 anos, mãe de três filhos, do bairro do Curuzu, Salvador, Bahia; Eulália de Jesus, 67 anos, mãe de três filhos, de Paraisópolis, São Paulo; e Elaine Torres, 33 anos, mãe de sete filhos, de Heliópolis, comunidade também localizada na capital paulista.

“É uma alegria e um orgulho poder participar do registro desse momento histórico agora eternizado em um conteúdo feito em parceria com um dos ‘players’ mais importantes do país”, valoriza Konrad Dantas, fundador da produtora que ostenta coproduções com a Netflix e é detentora do maior canal do YouTube Brasil, com mais de 60 milhões de inscritos.

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